A Coreia do Norte importou ao menos 640 milhões de dólares em bens de luxo da China em 2017, desafiando sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) a este tipo de comércio, em razão dos programas nuclear e de mísseis de Pyongyang, segundo um parlamentar sul-coreano.
Desde que chegou ao poder, em 2011, o ditador Kim Jong-un gastou 4 bilhões de dólares em artigos luxuosos da China. A Coreia do Norte é um dos países mais pobres do mundo.
“Kim comprou itens extravagantes da China e outros lugares, como um hidroavião, não somente para sua família, e também instrumentos musicais caros, TVs de alta qualidade, (veículos) sedãs, bebidas alcoólicas, relógios e peles de presente para as elites que sustentam seu regime”, disse Yoon Sang-hyun, parlamentar de oposição.
“Com a brecha crescente, Kim poderá chegar perto de sua meta de neutralizar as sanções em breve sem abrir mão das armas nucleares”.
Mesmo com as negociações em andamento entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte sobre o fim do arsenal nuclear de Pyongyang, Washington defende a aplicação rígida de sanções como parte de uma campanha de “pressão máxima” para manter o regime de Kim Jong-un disposto a dialogar.
Há sinais, porém, de que essa campanha vem perdendo fôlego desde que o regime suspendeu os seus testes nucleares e de mísseis. A China e a Rússia pediram uma afrouxamento das sanções.
A China não dá detalhes sobre suas exportações à Coreia do Norte. Yoon compilou dados com base em uma lista de itens proibidos elaborada por Seul. A agência alfandegária de Pequim não respondeu a um pedido de comentário. A China disse que cumpre rigidamente as sanções internacionais contra a Coreia do Norte.
(Por Reuters)