A crise norte-coreana se agravou ainda mais no final desta terça-feira com o anúncio de que Pyongyang considera lançar mísseis de médio a longo alcance no território de Guam, que é administrado pelos Estados Unidos e contém bases militares americanas.
A ameaça acontece em um dia de exacerbação das tensões diplomáticas, marcado pela revelação do jornal Washington Post de que a Coreia do Norte está produzindo ogivas nucleares compactas, que podem ser transportadas pelos mísseis produzidos no país. O avanço norte-coreano irritou o presidente Donald Trump, que declarou que qualquer ameaça do país asiático aos Estados Unidos seria enfrentada com “fogo e fúria nunca vistos antes pelo mundo”.
A declaração da Coreia do Norte, que está “examinando cuidadosamente” um plano de ataque com mísseis Hwasong-12 à ilha de Guam que pode ser “implementado a qualquer momento”, feita por um porta-voz do Exército Popular da Coreia do Norte em comunicado divulgado pela agência estatal norte-coreana KCNA, aconteceu apenas poucas horas após o ultimato de Trump.
“Estimando a natureza da ação militar tomada pelas forças americanas na região da Ásia e do Pacífico, [Kim Jong-un] recomendou o exame de um plano de ação poderoso e efetivo para conter a agressão dos imperialistas dos Estados Unidos”, apontou a agência KCNA.
A execução de um ataque a Guam oferecerá, de acordo com o regime norte-coreano, “uma ocasião para que os Yankees sejam os primeiros a experimentar o poder de nossas armas estratégicas”, as quais foram fabricadas “com o sangue e o suor”.
(com agências internacionais)