A epidemia do novo coronavírus também causa impactos na Coreia do Norte, apesar do regime de Kim Jong-un alegar que o país ainda não tem nenhum caso confirmado da doença. Ainda assim, o governo colocou por volta de 10.000 pessoas em quarentena, entre elas estrangeiros.
Segundo o jornal americano New York Post, o isolamento imposto pelo regime já dura mais de um mês. Algumas das pessoas em quarentena, principalmente aquelas que tiveram contato com estrangeiros, já estão isoladas por mais de 40 dias.
Porém, de acordo com a imprensa estatal norte-coreana, do total de 10.000 pessoas colocadas em isolamento, 40% já foram liberadas após não apresentarem sintomas.
Neste domingo 8, por volta de 80 estrangeiros que estavam retidos no país em quarentena por semanas foram autorizados a deixar o país. O voo comercial com destino a Vladivostok, na Rússia, foi o primeiro a sair de Pyongyang em mais de um mês.
Os estrangeiros que desembarcaram na Rússia foram mantidos em quarentena em suas próprias instalações pelo governo norte-coreano em condições que o embaixador russo descreveu como “moralmente destruidoras”.
O avião da companhia estatal norte-coreana Air Koryo pousou na cidade russa na manhã desta segunda-feira, 9. Segundo a embaixada da Rússia na Coreia do Norte, entre as pessoas a bordo estavam diplomatas da Alemanha, Rússia, França, Suíça, Polônia, Romênia, Mongólia e Egito.
O governo russo disse ainda ter emitido vistos para “representantes de organizações humanitárias nacionais e internacionais, assim como para empresários estrangeiros”. Após a saída dos diplomatas, as embaixadas estrangeiras na Coreia do Norte fecharam suas portas.
“É triste dizer adeus esta manhã aos colegas da embaixada alemã e do escritório francês que estão fechando temporariamente”, tuitou Colin Crooks, embaixador britânico em Pyongyang, ao informar que sua embaixada permaneceria aberta.
O regime de Kim Jong-un alega que nenhum caso do novo coronavírus foi registrado na Coreia do Norte até agora. Especialistas, contudo, questionaram as informações divulgadas pelo governo e afirmaram temer que uma epidemia de Covid-19 no país possa causar grandes danos à população, que vive em situação de extrema pobreza.
O próprio Kim Jong-un advertiu no mês passado para “graves consequências” se o vírus entrasse no país.