A Coreia do Norte voltou a advertir, nesta quarta-feira, os Estados Unidos sobre a dureza de seu discurso e pediu ao governo de Donald Trump para não minar o ambiente de diálogo gerado antes da cúpula que presidente americano tem marcada para as próximas semanas com o ditador norte-coreano, Kim Jong-un. “Os EUA deveriam saber que é melhor se abster de palavras e ações que possam prejudicar o bom ambiente excepcionalmente gerado para as conversas” entre os dois líderes, diz um editorial publicado hoje pelo jornal Rodong Sinmun, produzido pelo Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, que fundou e comanda até hoje o país. O texto acrescenta que Washington “também deveria esforçar em mostrar atitudes sinceras e genuínas à altura das atuais circunstâncias”.
No último final de semana, a agência de notícias oficial do governo norte-coreano, KCNA, já tinha acusado os Estados Unidos de “manipular a opinião pública” ao afirmar que a vontade de desnuclearizar expressa por Pyongyang após sua recente reunião com Seul “é o resultado de pressão e sanções” impulsionadas pelo governo Trump.
Esta nova advertência de Pyongyang sobre o discurso linha-dura da nova equipe de negociação dos Estados Unidos acontece no mesmo dia em que o secretário de estado americano, Mike Pompeo, aterrissou na capital norte-coreana para preparar a reunião.
As declarações do regime também coincidem com a data em que o próprio Trump anunciou, nesta terça-feira, a ruptura do acordo nuclear com o Irã, um gesto que alguns analistas acham que pode estabelecer um mal precedente em relação com a cúpula com Kim, enfatizando precisamente a mencionada linha-dura.
O encontro, que será o primeiro entre líderes da Coreia do Norte e Estados Unidos, ainda não tem data e local divulgados.
(Com EFE)