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Coreia do Norte promete apoiar Rússia até a vitória da guerra na Ucrânia

Chanceler norte-coreano visita Moscou em meio a polêmica sobre envio de soldados para lutar do lado russo na Ucrânia, o que EUA veem como 'muito grave'

Por Da Redação 1 nov 2024, 11h45

O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son Hui, afirmou nesta sexta-feira, dia 1º, que seu país apoiará a Rússia até alcançar a vitória da guerra na Ucrânia. Os comentários vieram após os Estados Unidos confirmarem que 8 mil soldados norte-coreanos já se encontravam na fronteira ucraniana, depois de concluírem treinamentos em solo russo.

Durante uma reunião com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, em Moscou, Choe disse que Pyongyang não tem dúvidas de que o exército e o povo russos serão vitoriosos “em sua luta sagrada para proteger os direitos soberanos e os interesses de segurança de seu Estado” – tudo isso sob a “liderança sábia” do presidente do país, Vladimir Putin.

“E também garantimos que, até o dia da vitória, estaremos firmemente ao lado de nossos camaradas russos”, prometeu, entre acusações de que os Estados Unidos e a Coreia do Sul estariam planejando um ataque com armas nucleares contra seu país.

Lavrov, por sua vez, elogiou o papel de Putin e seu homólogo norte-coreano, Kim Jong-un, no estreitamento dos laços entre os países.

“Nossas relações tradicionais e historicamente amigáveis, que percorreram o caminho testado da história, hoje estão subindo a um novo nível de relações de camaradagem militar invencível”, disse ele.

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Envio de soldados

Lavrov descreveu os laços entre os militares dos dois países como “muito estreitos”, mas ambos não abordaram as declarações de líderes da Ucrânia, Coreia do Sul e Estados Unidos de que Pyongyang havia enviado cerca de 10 mil soldados norte-coreanos para a Rússia para lutar na guerra.

+ Zelensky critica resposta ‘zero’ de aliados sobre envio de tropas norte-coreanas à Ucrânia

Na semana passada, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, indicou que o possível envolvimento norte-coreano na guerra era “muito, muito sério” e que “há evidências de tropas” da Coreia do Norte na Rússia. Ele afirmou que dados recebidos por Washington mostram que “neste momento” há 8 mil soldados de Pyongyang em Kursk, região onde as forças ucranianas iniciaram uma extensa operação em agosto deste ano.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, por sua vez, criticou em entrevista à emissora sul-coreana KBS na quinta-feira a resposta “zero” dos seus aliados ao envio de soldados da Coreia do Norte para lutar pelo lado russo no campo de batalha.

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