Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Coreia do Sul ameaça fim de pacto militar com Norte após invasão de drones

Presidente Yoon Suk-yeol diz que deixará pacto militar de 2018, acabando com a zona de exclusão na fronteira, caso o vizinho viole espaço aéreo novamente

Por Da Redação
4 jan 2023, 09h41
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, disse nesta quarta-feira, 4, que consideraria suspender um pacto militar de 2018 com a Coreia do Norte caso o vizinho viole seu espaço aéreo novamente, depois de uma uma recente invasão de drones norte-coreanos.

    Ao ser informado sobre as contramedidas aos drones norte-coreanos que cruzaram o sul na semana passada, Yoon pediu a construção de uma “capacidade de resposta esmagadora que vai além dos níveis proporcionais”, de acordo com sua secretária de imprensa, Kim Eun-hye.

    “Durante a reunião, ele instruiu o escritório de segurança nacional a considerar a suspensão da validade do acordo militar se a Coreia do Norte realizar outra provocação invadindo nosso território”, disse ela em um briefing.

    + Contra EUA, Kim pede aumento exponencial do arsenal nuclear norte-coreano

    O acordo de 2018, selado à margem de uma cúpula entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o então presidente sul-coreano, Moon Jae-in, põe fim a “todos os atos hostis”, criando uma zona de exclusão aérea ao redor da fronteira e removendo minas terrestres e postos de guarda dentro da Zona Desmilitarizada, faixa que divide as Coreias desde o armistício de 1953. O governo não disse quantas minas e postos foram removidos, citando preocupações de segurança.

    Abandonar o pacto pode significar o retorno dos postos de guarda, exercícios de tiro com munições de verdade na antiga zona de exclusão aérea e transmissões de propaganda através da fronteira – coisas que deixavam Pyongyang furiosa antes do pacto.

    Continua após a publicidade

    As relações intercoreanas, difíceis há décadas, ficaram ainda mais tensas desde que Yoon assumiu o cargo em maio passado, adotando uma postura linha-dura contra o regime de Kim.

    + Seul diz que irá responder agressões da Coreia do Norte na mesma moeda

    Durante a campanha eleitoral do ano passado, Yoon disse que Pyongyang violou repetidamente o acordo de 2018, devido a inúmeros lançamentos de mísseis, alertando desde então que poderia descartá-lo. Após assumir o cargo, ele disse que o destino do acordo dependia exclusivamente das ações do Norte.

    Yoon criticou a forma branda com que os militares lidaram com a invasão dos drones, culpando a confiança do governo anterior no pacto de 2018. Nesta quarta-feira, ele pediu que suas forças estejam prontas para retaliar, mesmo que isso signifique “arriscar uma escalada” nas tensões entre os países.

    Continua após a publicidade

    + Por que a Coreia do Norte está disparando tantos mísseis

    Entre as novas medidas anunciadas, o presidente sul-coreano ordenou que o ministro da Defesa cultivasse uma unidade de drones para realizar missões multifuncionais, incluindo vigilância e reconhecimento de território, bem como estabelecesse um sistema para a produção em massa de drones pequenos, mais difíceis de detectar, dentro de um ano. Além disso, uma das prioridades é criar um mecanismo de defesa aérea para abater drones norte-coreanos.

    O exército da Coreia do Sul operava dois esquadrões de drones dentro de seu Comando de Operações Terrestres desde 2018, mas eles foram projetados com intuito de se preparar para futuras guerras, não conflitos atuais. O ministério da Defesa anunciou que vai investir 560 bilhões de won (R$ 2,4 bilhões) nos próximos cinco anos em tecnologia como armas aéreas a laser e bloqueadores de sinal.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.