As Coreias do Norte e do Sul concordaram nesta segunda-feira (18) em marcharem juntas sob a bandeira de uma península unificada e montar equipes combinadas para competirem nos próximos Jogos Asiáticos, informaram em um comunicado conjunto. A decisão é o sinal mais recente de uma reaproximação entre os velhos rivais.
Os dois lados se reuniram para mais uma rodada de conversas em sua fronteira altamente fortificada nesta segunda.
Além da participação unificada na competição asiática, as duas nações também acordaram a realização de uma partida de basquete na capital norte-coreana Pyongyang, no dia 4 de julho, marcando assim o aniversário de um acordo intercoreano sobre a unificação, disseram.
O acordo surge em meio a uma série de conversas que faz parte dos esforços pela reconciliação, como a abertura de linhas telefônicas militares e a marcação de reuniões para familiares de coreanos divididos pela Guerra da Coreia de 1950-53.
Os atletas dos dois lados marcharão juntos, sob uma mesma bandeira e o nome “Coreia”, nas cerimônias de abertura e de encerramento dos Jogos Asiáticos, assim como fizeram na Olimpíada de Inverno realizada na Coreia do Sul em fevereiro.
Os próximos Jogos Asiáticos acontecerão na Indonésia, entre meados de agosto e o início de setembro. Os dois países acertaram montar equipes combinadas para o evento e para outras competições internacionais e realizarão mais reuniões para acertar os detalhes.
O amistoso de basquete acontecerá em Pyongyang no mês que vem, e outra partida será disputada em Seul mais perto do final do ano, disseram as Coreias no comunicado. “Concordamos em promover a cooperação e os contatos esportivos, inclusive treinos e jogos conjuntos”, afirmaram.
A reaproximação das Coreias do Norte e do Sul coincide com o momento de melhoria também nas relações entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos, depois da tensão surgida no ano passado em decorrência dos programas nucleares e de mísseis de Pyongyang.
O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, se encontrou com o presidente americano Donald Trump na primeira reunião de cúpula da história entre as duas nações na semana passada em Singapura.
(Com Reuters)