O total de casos do novo coronavírus reportados na província chinesa de Hubei, epicentro da epidemia, cresceu em mais de 40% na quinta-feira 13, de acordo com as autoridades da Pequim. Mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) não reconhece parte desses números por serem resultados de uma mudança no método de se contar as pessoas contaminadas por parte dos chineses.
“Nós precisamos ser cautelosos ao interpretar esses números”, afirmou o responsável dos programas sanitários de emergência da OMS, Michael Ryan. “Por questão de consistência, nós reportamos apenas os casos confirmados pelos testes oficiais em laboratório”, disse a organização no relatório desta quinta.
Considerando também pacientes que apresentam sintomas de pneumonia em tomografia, e não apenas os confirmados pelos testes oficiais, as autoridades de Hubei contaram mais de 48.000 casos — até quinta, a OMS considerava que existiam apenas 46.997 casos em todo o mundo.
De fato, segundo a organização internacional, menos de 1% dos casos confirmados e apenas 1 das 1369 mortes registradas até quinta ocorreram fora do território da China. No total, havia 46.997 casos envolvendo outros 24 países, como Estados Unidos, França e Austrália. Apenas os continentes da África, da América do Sul e da América Central não informaram nenhum caso até então.
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