As ilhas Galápagos, Patrimônio Natural da Humanidade, registraram os quatro primeiros casos do novo coronavírus nesta terça-feira, 24. As pessoas infectadas são residentes do arquipélago, mas estiveram no porto de Guayaquil, maior cidade do Equador e a mais afetada pela Covid-19 no país, com 548 dos 981 casos relatados.
“Recebemos na segunda-feira os resultados dos testes para ter certeza em relação ao positivo de quatro cidadãos nas ilhas Galápagos”, afirmou o presidente do Conselho de Governo desse arquipélago equatoriano, Norman Wray.
Galápagos é um dos lugares mais remotos do mundo, no Oceano Pacífico, a 1.000 km da costa do Equador. Como tem apenas 31.600 habitantes e uma infraestrutura de saúde limitada, então autoridades estabeleceram medidas mais rigorosas diante da presença do vírus no país. Após os diagnósticos, foi determinado o toque de recolher de 13 horas por dia.
Diante da pandemia, o governo equatoriano estabeleceu o estado de exceção, com suspensão do trabalho presencial e das aulas, o confinamento de pessoas, a diminuição na circulação de veículos, o fechamento de fronteiras e a proibição de todos os voos – exceto os humanitários.
O Equador já havia ordenado na semana passada “a restrição completa da entrada de visitantes” em Galápagos. Devido às suas flora e fauna únicas no mundo, atraiem um fluxo intenso de turistas que, em 2019, alcançou 271.238 pessoas – especialmente dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Canadá, Austrália, França, Holanda, Espanha e Suíça.
“Ainda temos um número significativo de pessoas que vieram visitar Galápagos há mais de 14 dias e que não foram capazes de sair”, disse Wray, sem citar números, completando que há turistas nacionais e estrangeiros. Depois de cumprir os protocolos de saúde, os visitantes serão enviados para o continente, informou.
Galápagos, que tem esse nome por conta das tartarugas gigantes que vivem lá. O arquipélado inspirou a teoria da evolução do naturalista inglês Charles Darwin.
(Com AFP)