O surto de coronavírus na China, que já deixou 136 mortos e mais de 6.000 infectados ao redor do mundo, lotou os hospitais da cidade de Wuhan, epicentro da epidemia. Como resposta, o governo chinês anunciou a construção de dois hospitais especializadas na doença em menos de 10 dias. Pequim ainda disponibilizou uma transmissão ao vivo do progresso no canteiro de obras.
Os novos complexos hospitalares estão sendo construídos nos arredores da cidade. O primeiro, Leishenshan, comportará 1.000 leitos e será entregue no dia 3 de fevereiro – sua construção ao vivo pode ser acompanhada neste link. O segundo hospital, Huoshenshan, terá capacidade para 1.300 camas e será concluído na quarta-feira, 5 – transmissão neste link.
O objetivo da construção é “responder à insuficiência dos recursos médicos existentes”, disseram autoridades de Wuhan na sexta-feira 24. Sobrecarregados, pelo menos oito hospitais da cidade teriam pedido publicamente por doações de materiais e equipamentos hospitalares, como máscaras.
Os complexos hospitalares estão sendo construídos com o uso de edifícios pré-fabricados, para acelerar e baratear o projeto.
A construção dos hospitais para esse tipo de situação não é política nova para Pequim. Durante o surto da Síndrome Respiratória Grave (SARs), que matou 800 pessoas e infectou outras 8.000 entre 2002 e 2003, o governo chinês levantou o hospital de Xiaotangshan, nas proximidades da capital, em apenas sete dias, também usando peças pré-fabricadas.
O surto de coronavírus teve início em dezembro de 2019. Suspeita-se que tenha se originado em um mercado de frutos do mar e animais vivos em Wuhan. Para tentar conter a propagação, o governo chinês colocou sob quarentena dezenas de cidades, sitiando milhões de pessoas. Contudo, a mutação do vírus se espalhou por 18 países.
No Brasil, as autoridades locais investigam casos em Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. Os pacientes apresentam os sintomas do coronavírus e viajaram recentemente à China.