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Coronavírus: Faltam alimentos e até papel higiênico em Hong Kong

'Nós sempre trabalhamos para garantir o fornecimento de alimento. Nós nunca passamos por uma escassez', asseguraram as autoridades locais

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h29 - Publicado em 12 fev 2020, 19h21
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  • Em meio à crise provocada pelo surto do novo coronavírus,  a população de Hong Kong tem formado longas filas para comprar alimentos e outras produtos básicos, como rolos de papel higiênico, em um fenômeno batizado pela imprensa internacional de “consumismo de pânico”. Alguns supermercados da ilha estão com suas prateleiras vazias há três semanas pelo menos.

    Políticas de racionamento, como a imposição de um limite máximo de dois items por cliente, têm sido implementadas por algumas redes de supermercados da região. Pacotes de macarrão estão acabando, mas ainda há carnes e vegetais nas gôndolas, reportou o jornal britânico The Guardian nesta quarta-feira, 12. “Nós sempre trabalhamos para garantir o fornecimento de alimento. Nós nunca passamos por uma escassez”, assegurou o presidente do Conselho Alimentício de Hong Kong, Thomas Ng Wing-yan, no início de fevereiro.

    Além disso, a Associação dos Mercadores de Arroz afirmou manter ainda 13.000 toneladas do perecível em estoque. “Eu não acredito no que o governo diz. Minha visão do futuro é sombria,” disse uma cidadã de Hong Kong ao Guardian, que não foi identificada e estava em uma fila aguardando a possibilidade de entrar em um supermercado.

    Segundo uma pesquisa do instituto de análise Hong Kong Public Opinion Research Institute, de janeiro, o nível de desconfiança no governo chegou a quase 70%.

    Esse é o pior índice da história do estudo, realizado desde 1992, mesmo com as manifestações de 2019 contra o projeto de lei de extradição para a China continental. Em seu ápice, em junho, os protestos levaram mais de 1 milhão de pessoas às ruas — a proposta de lei foi descartada em dois meses depois pela chefe de governo, Carrie Lam.

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    A escassez está atingindo também os postos de saúde. Logo após a primeira e até então única morte pelo novo coronavírus registrada em Hong Kong, em 4 de fevereiro, a associação de classe Aliança pelos Funcionários da Autoridade Hospitalar de Hong Kong organizou uma greve denunciando a falta de máscaras e outros equipamentos de proteção. A paralisação foi encerrada há cinco dias.

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