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Coronavírus: Japão e Estados Unidos retiram seus cidadãos da China

Washington e Tóquio retiraram mais de 400 pessoas de Wuhan; Papua Nova-Guiné fechou os aeroportos para asiáticos

Por Da Redação
29 jan 2020, 13h03
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  • Os Estados Unidos e o Japão retiraram nesta semana centenas de seus cidadãos da província chinesa de Hubei, epicentro do surto de coronavírus que já matou 132 pessoas e adoeceu outras 6.060. Outros países planejam fazer o mesmo. O presidente Jair Bolsonaro não tem planos de retirar os brasileiros da região afetada até o momento.

    Washington já havia anunciado no começo da semana que iria retirar da província seus funcionários do consulado e americanos residentes no país. A aeronave fretada chegou no Alasca com 240 pessoas a bordo. Ela será reabastecida e continuará a voar até a Califórnia, onde os passageiros irão passar por uma triagem e, em caso de necessidade, por quarentena.

    Nesta quarta-feira, 29, um avião com 206 pessoas aterrizou em Tóquio. As autoridades japonesas informaram que quatro passageiros estavam com febre e tosse – sintomas da doença – e foram levados ao hospital para serem tratadas. Dois deles tinham quadro de pneumonia, mas o hospital não conseguiu ainda confirmar o diagnóstico como de coronavírus.

    A Austrália revelou nesta quarta-feira um plano para ajudar as pessoas em situação de “vulnerabilidade ou isolamento”. Segundo o governo australiano, os cidadãos resgatados serão levados para uma ilha e ficarão de quarentena. Já a Itália disse que está esperando a autorização chinesa para enviar um avião com médicos e enfermeiras para Wuhan, cidade epicentro do surto da doença.

    Reino Unido, União Europeia e Coreia do Sul planejam fazer o mesmo nesta semana. Mas foi Papua Nova-Guiné, um pequeno país no Pacífico, que tomou a medida mais drástica. O governo anunciou nesta quarta-feira que vai impedir a entrada de asiáticos no país para tentar manter longe a propagação do vírus.

    Na contramão, o governo brasileiro disse não ter planos para retirar os cidadãos de Wuhan. Bolsonaro disse na terça-feira que não é “oportuno” a retirar os nacionais, já o Itamaraty disse que está acompanhando a situação ao lado das autoridades chinesas e que, até o momento, o governo chinês não considerava a retirada de estrangeiros do país.

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