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Metade da força de trabalho está sob risco de perder emprego, diz OIT

Cerca de 1,6 bilhão de pessoas atuam no mercado informal estão sob maior ameaça por causa do impacto econômico da pandemia de Covid-19

Por Da Redação
Atualizado em 29 abr 2020, 17h49 - Publicado em 29 abr 2020, 17h49
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  • Parte das Nações Unidas, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirmou nesta quarta-feira, 29, que cerca de metade da força de trabalho no mundo corre um “grande risco” de desemprego em decorrência da pandemia da Covid-19, na qual mais de 3 milhões de pessoas adoeceram e 220.000 morreram. Horas antes, a maior economia do mundo, os Estados Unidos, anunciou uma queda de 4,8% na produção econômica no primeiro trimestre deste ano — o pior resultado desde a crise financeira de 2008.

    Cerca de 1,6 bilhões de trabalhadores na ativa, porém no mercado informal, estão sob “grande risco” de perderem seu emprego dentre os 3,3 bilhões que representam a força de trabalho no mundo segundo a OIT. A organização calcula a força de trabalho como sendo as pessoas com 15 anos de idade ou mais (consideradas “população na idade de trabalho”) que estejam empregadas ou em busca de emprego.

    “A crise do emprego e todas as suas conseqüências estão se aprofundando em comparação com nossas estimativas de três semanas atrás”, disse o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.

    No início de abril, a OIT estimou que a pandemia da Covid-19 levaria a um impacto no mercado de trabalho equivalente à perda de 195 milhões de empregos em tempo integral (pelo menos 35 horas semanais).

    A estimativa de 18 de março — quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia confirmado apenas 130.000 casos e 4.900 mortes em decorrência da pandemia — apontava a perda de 25 milhões de empregos.

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    Desde então, as atividades não essenciais no Reino Unido, AlemanhaÍndia, países que juntos representaram mais de 10% da produção econômica do mundo em 2018, segundo estimativa do Banco Mundial, foram suspensas em dimensão nacional.

    Dentre as cinco maiores economias do mundo, segundo o Banco Mundial, apenas a China, primeiro epicentro da pandemia, estava sob quarentena em dimensão nacional no início de março.

    Nos Estados Unidos, onde as quarentenas são impostas principalmente no plano estadual, o governo anunciou nesta quarta-feira contração na economia de 4,8% no primeiro trimestre deste ano. Esta é a queda mais expressiva desde os últimos três meses de 2008, quando o recuo foi de 8,4%.

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    Mais de 26,4 milhões de americanos, incluindo apenas os trabalhadores formais, perderam o emprego entre o final de março e 23 de abril, com base nas solicitações de seguro-desemprego.

    (Com Reuters)

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