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Covid-19: Reino Unido tem 2° maior número de mortes na Europa

Após inclusão de vítimas do coronavírus em casas de repouso, número de óbitos disparou para 26.097, um aumento de 3.811 em relação ao valor anterior

Por Da Redação
Atualizado em 29 abr 2020, 17h03 - Publicado em 29 abr 2020, 16h41
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  • O governo britânico divulgou nesta quarta-feira, 29, que o número total de mortos por coronavírus no Reino Unido aumentou para 26.097. A disparada de 3.811 em relação ao valor anterior ocorre depois que óbitos em casas de repouso foram contabilizados pela primeira vez junto aos dos hospitais.

    Com o novo valor, a nação agora tem a segunda maior mortalidade pela Covid-19 da Europa. Fica atrás apenas da Itália, epicentro da pandemia no continente, ultrapassando a Espanha e a França.

    O secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab, disse que a transmissão assintomática é um grande fator do contágio em casas de repouso. Ele acredita que funcionários e visitantes – quando ainda eram permitidos – levaram o vírus para essas instituições sem saber.

    A professora Yvonne Doyle, diretora médica do Sistema Nacional de Saúde (NHS), o “SUS inglês”, disse que o aumento computado de 20% no número de mortes é, na verdade, uma “boa notícia”, porque o quadro tornou-se mais abrangente. Até recentemente, a conta era feita apenas com os óbitos em hospitais, desconsiderando outras instituições.

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    Doyle diz que uma alta taxa de mortalidade em casas de repouso era esperada, uma vez que pessoas com mais de 75 anos são particularmente vulneráveis ​​ao vírus. No entanto, ela diz que uma futura revisão do tratamento da crise analisará a “estrutura dos lares”.

    Segundo a emissora britânica BBC News, apesar do aumento reconhecido pelas autoridades, ainda é possível que esse número subestime a verdadeira extensão das mortes por coronavírus, porque muitas pessoas estão morrendo sem serem testadas.

    “Existem essencialmente duas epidemias separadas – uma em casas de repouso, que está em fúria, e uma na população em geral, que está sob controle”, afirma Nick Triggle, correspondente de saúde da BBC News.

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    Nesta semana, o governo anunciou que todos os residentes e funcionários dessas instituições terão direito a testes, mesmo que não apresentem sintomas. O Reino Unido tem a meta de realizar 100.000 testes por dia até esta quinta-feira, 29, e Dominic Raab disse que 52.429 pessoas foram testadas para coronavírus ontem – pouco mais da metade do caminho.

    A média de testes na nação era de 20.000 por dia. O aumento significativo na testagem tem como objetivo final a reabertura do país, que depende da compreensão do comportamento do coronavírus nas comunidades britânicas.

    Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista e Líder da Oposição a partir deste ano, deu um puxão de orelha em Raab: apontou para países como França, Alemanha, Nova Zelândia, Escócia e o País de Gales, que começaram a relaxar as restrições contra o coronavírus, dizendo que o Reino Unido corre risco “não apenas de ficar para trás, mas também de prejudicar a abordagem bem-sucedida de quatro nações [britânicas]”.

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