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Cuba cancela marcha contra homofobia

Parada gay cubana aconteceria durante jornada de conscientização anual; governo culpou instabilidade regional e internacional por mudança

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2019, 13h12 - Publicado em 8 Maio 2019, 12h25
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  • O governo de Cuba cancelou a 12ª edição de uma importante marcha contra a homofobia realizada anualmente no país. A chamada Conga Contra a Homofobia estava marcada para este mês, em uma data ainda não revelada. Em um post no Facebook, o Centro Nacional de Educação Sexual (Cenesex), controlado pelo governo, afirmou que o cancelamento foi ordenado pelo Ministério da Saúde.

    No comunicado, o órgão atribuiu a mudança a “novas tensões no contexto internacional e regional que afetam direta e indiretamente nosso país e têm impactos tangíveis e intangíveis no desenvolvimento normal de nosso cotidiano e na implementação das políticas do Estado cubano”. A Conga é uma versão local das Paradas Gays realizadas em inúmeros países.

    O Cenesex é dirigido atualmente por Mariela Castro, filha do líder do Partido Comunista e ex-presidente Raúl Castro.

    Apesar do cancelamento da Conga Contra a Homofobia, outras marchas e movimentos em favor da comunidade LGBT já marcados para acontecer no país durante a Jornada contra a Homofobia e a Transfobia foram mantidos.

    Todos os anos, os cubanos organizam protestos e eventos relacionados ao tema e em busca de conscientização, entre os dias 7 e 18 de maio.

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    Militantes da causa condenaram o cancelamento e questionaram os motivos do governo para tomar tal decisão. O ativista Norge Espinosa Mendoza afirmou que a medida é “um novo passo para trás”.

    “Os inimigos de uma Cuba mais diversificada e progressista serão mais felizes agora”, escreveu Espinosa no Facebook. “Não permitir [a marcha] é um sinal de que não somos bem-vindos.”

    Cuba havia programado incluir no texto de sua nova Constituição uma cláusula que legalizava o casamento gay. Após protestos, contudo, o governo removeu o artigo do texto final.

    O presidente Miguel Díaz-Canel havia apoiado publicamente a mudança na legislação anteriormente, dizendo que era “parte da eliminação de qualquer tipo de discriminação na sociedade”. Seu governo, contudo, cedeu à pressão de grupos religiosos.

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