Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Cuba evita mencionar casamento gay em nova Constituição

Artigo rejeitado definia o matrimônio como a união "entre duas pessoas" com “direitos e obrigações absolutamente igualitários”

Por Da Redação
Atualizado em 19 dez 2018, 16h51 - Publicado em 19 dez 2018, 10h59

O governo de Cuba anunciou nesta terça-feira, 18, que abandonará as mudanças que faria em sua nova Constituição abrindo caminho para a legalização do matrimônio homossexual na ilha. A decisão foi tomada diante de uma majoritária opinião contrária da população manifestada durante assembleias populares.

“O projeto de Constituição de Cuba não definirá que sujeitos integram o matrimônio, com o qual esta discussão sai do universo constitucional”, declarou o secretário do Conselho de Estado e coordenador da redação do projeto, Homero Acosta.

A proposta inicial da nova Carta Magna, aprovada pelo Congresso em julho, incluía o artigo 68, que definia o matrimônio como a união “entre duas pessoas” com “direitos e obrigações absolutamente igualitários”.

A definição deveria substituir o conceito vigente de “entre um homem e uma mulher”, estabelecido na Constituição de 1976.

O texto da Constituição foi submetido a debate popular em diversas assembleias entre agosto e novembro passados e a questão do casamento gay dominou as discussões. Muitos cidadãos pareceram rejeitar o texto, assim como as comunidades religiosas, principalmente evangélicas, com manifestações em seus templos.

Continua após a publicidade

Segundo a Assembleia Nacional, a grande maioria das pessoas que compareceram às assembleias defendeu manter a atual legislação, em vez de substituí-la pela nova proposta.

Diante dessa situação, “como forma de respeitar todas as opiniões”, o novo projeto de Constituição não incluirá a definição prevista no artigo 68.

A comissão encarregada do texto constitucional propôs um novo artigo, o 82, que define o matrimônio apenas “como uma instituição social e jurídica”. Dessa forma, a Constituição se torna neutra quanto ao casamento gay e pode deixar a questão em aberto para futuras mudanças, a partir de uma “consulta popular e referendo”.

Continua após a publicidade

A nova Constituição

A comissão encarregada da Constituição é coordenada pelo ex-presidente e líder do único e governante Partido Comunista de Cuba (PCC), Raúl Castro.

O novo rascunho, já com as alterações realizadas, será levado nesta sexta-feira, 21 de dezembro, à Assembleia Nacional para sua aprovação. Em seguida, será submetido a referendo popular no dia 24 de fevereiro de 2019.

Em setembro passado, o próprio chefe de Estado cubano, Miguel Díaz-Canel, se declarou partidário do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Continua após a publicidade

Após os primeiros anos do triunfo da revolução de 1959, os homossexuais foram hostilizados em Cuba. O ditador Fidel Castro chegou a pedir perdão pelos atos.

Uma das principais defensoras da inclusão de pessoas LGBT em Cuba tem sido Mariela Castro, deputada e filha de Raúl Castro.

Mariela afirmou na terça-feira, no Facebook, que as modificações no projeto não significam um retrocesso porque o novo texto “elimina o binarismo de gênero e a heteronormatividade” ao referir-se ao matrimônio.

(Com AFP)

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.