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Cuba testará em humanos sua vacina contra Covid-19

Resultados do ensaio clínico só serão publicados em fevereiro de 2021; governo diz querer investir em 'soberania cubana'

Por Da Redação
Atualizado em 19 ago 2020, 09h57 - Publicado em 19 ago 2020, 09h50

Cuba começará na próxima semana os ensaios clínicos em humanos de seu projeto de vacina contra a Covid-19, o “Soberana 01”. Os resultados dos testes estão programados para fevereiro de 2021, informaram as autoridades sanitárias nesta terça-feira 18.

O Registro Público de Ensaios Clínicos de Cuba e o Centro de Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos autorizaram o início dos ensaios em 676 pessoas entre 19 e 80 anos. O recrutamento de candidatos começará no próximo dia 24 de agosto e terminará no final de outubro.

Essas pessoas não devem ter “alterações clinicamente significativas” e devem dar seu consentimento por escrito para receber a dose, disseram as autoridades.  A conclusão do estudo está prevista para 11 de janeiro e os resultados ficarão prontos em 1º de fevereiro de 2021 e publicados em 15 de fevereiro.

“Embora haja vacinas de outros países, precisamos das nossas para ter soberania”, disse o presidente Miguel Díaz-Canel em 19 de maio. O governo cubano costuma ressaltar o desenvolvimento de sua biotecnologia e apontar entre suas conquistas a própria vacina contra hepatite B.

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No sábado, as autoridades russas relataram avanços na produção da vacina Sputnik V. Chegaram a manifestar a intenção de produzi-la com Cuba. No entanto, a ilha socialista não se pronunciou oficialmente sobre a oferta.

O chefe da Epidemiologia Cubana, Francisco Durán, disse que a expectativa é que o país tenha acesso à vacina no primeiro trimestre de 2021. Pesquisadores ocidentais duvidam do produto russo e estão progredindo em vários projetos.

Na América Latina, Argentina e México anunciaram recentemente um acordo para produzir o imunizante projetado pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford. No Brasil, são testadas as vacinas desenvolvidas pela Universidade de Oxford, pela chinesa Sinovac e pela americana Pfizer. Nesta semana, a Anvisa também autorizou ensaio clínico da Johnson & Johnson.

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Com 11 milhões de habitantes, a ilha conseguiu conter a nova pandemia do coronavírus, com 3.408 casos, 88 mortos e 2.794 curados até a última segunda-feira.  Um surto recente obrigou as autoridades a reforçar as medidas de prevenção em Havana.

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(Com AFP)

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