De argentino para argentino: o sensível recado de Messi a papa Francisco
Os dois se conheceram em 2013, logo após a eleição do pontífice, por ocasião de um amistoso entre Argentina e Itália

Lionel Messi, que compete com o papa Francisco, falecido nesta segunda-feira, 21, pelo posto do argentino mais conhecido do mundo, mandou um sensível recado após a morte de seu conterrâneo. Nas redes sociais, a estrela da seleção da Argentina de futebol, esporte pelo qual o pontífice não escondia a paixão, lamentou sua partida e elogiou o representante da Igreja Católica.
“Um papa distinto, próximo, argentino… QDEP (que descanse em paz), papa Francisco”, escreveu ele nos stories do Instagram, em que compartilhou uma foto de um encontro entre os dois. “Obrigado por fazer do mundo um lugar melhor. Vamos sentir saudades.”

Francisco conheceu o jogador em 13 agosto de 2013, quando a seleção argentina disputou uma partida amistosa entre as seleções da Argentina e da Itália em homenagem ao papa, poucos meses após sua posse. Todos os jogadores foram recebidos na Sala Clementina do Vaticano. Messi estava machucado e não jogou, mas acompanhou a delegação.
Messi foi o representante da seleção argentina, enquanto pela Azzurra foi o histórico goleiro Gianluigi Buffon.
Ambas as delegações entregaram ao Papa uma série de presentes representativos de seus países e do mundo do futebol. Entre os objetos entregues pelos argentinos estavam uma bandeja de prata, um retrato do jogador de futebol René Pontoni — ídolo do jovem Jorge Mario Bergoglio —, uma camisa autografada por todos os jogadores e um flâmula oficial da Associação Argentina de Futebol (AFA).
Por sua vez, o pontífice presenteou os argentinos com uma oliveira, símbolo de paz e união, que Messi recebeu em nome de sua seleção. Este gesto ressaltou a mensagem de fraternidade que o papa procurou transmitir.
Durante a cerimônia, Francisco se dirigiu aos jogadores e à comissão técnica das duas equipes, destacando a importância dos valores no esporte. O pontífice pediu que os atletas fossem exemplos de “lealdade, respeito, altruísmo e solidariedade”, enfatizando seu papel como modelos, especialmente para os jovens.
“Eles são arquitetos do entendimento e da paz social; um modelo para o bem ou para o mal”, afirmou o papa, enfatizando a responsabilidade que advém de sua influência na sociedade.