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Defesa Civil Síria conclui buscas na prisão de Sednaya, o ‘matadouro humano’ de Assad

Dezenas de corpos com sinais de tortura foram encontrados no local e milhares de presos foram libertados

Por Redação Atualizado em 10 dez 2024, 11h48 - Publicado em 10 dez 2024, 11h35

A Defesa Civil Síria, uma ONG também conhecida como Capacetes Brancos, terminou nesta terça-feira 10, as buscas por desaparecidos na prisão militar de Sednaya. Na periferia norte de Damasco, o local conhecido como o “matadouro humano” de Bashar al-Assad, mantinha atrás das grades pessoas detidas há anos sem julgamento. Os membros da ONG afirmaram ter detectado ainda sinais de tortura entre vivos e mortos.

A Anistia Internacional estima que até 13 mil pessoas foram executadas secretamente em Sednaya entre 2011 e 2016. Enquanto isso, alguns presos estavam “quase morrendo sufocados” pela falta de ventilação.

Logo no domingo 8, rebeldes sírios invadiram prisões e libertaram milhares de detidos após tomarem o controle da capital Damasco e anunciarem a deposição do regime ditatorial Assad, que fugiu para a Rússia depois de 24 anos no poder. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram dezenas de presos saindo das celas em estado de confusão e gritando “Deus é grande”, enquanto outros eram recebidos em prantos por familiares.

Os Capacetes Brancos disseram que estava investigando relatos de prisioneiros libertados que indicam a existência de celas subterrâneas escondidas em Sednaya. Cinco equipes de emergência especializadas foram enviadas para localizar as celas.

A província de Damasco também fez um apelo nas redes sociais pedindo que ex-soldados e agentes penitenciários do regime de Assad forneçam aos rebeldes os códigos de portas eletrônicas para abrir as prisões subterrâneas. Estimava-se que mais de 100 mil pessoas estavam em celas monitoradas por câmeras de vigilância.

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Nos últimos dez dias, rebeldes também libertaram presos políticos e encontraram desaparecidos em cidades como Aleppo, Homs, Hama e Damasco. O grupo militante islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que liderou a ofensiva relâmpago que derrubou o regime, informou que mais de 3,5 mil prisioneiros foram libertados da prisão militar de Homs.

Denúncias de tortura

Durante a guerra civil, iniciada em 2011, o regime de Assad manteve centenas de milhares de pessoas em prisões conhecidas por suas condições desumanas e práticas de tortura. Em 2013, um desertor militar sírio conhecido como “César” vazou mais de 53 mil fotografias que documentavam tortura, fome e doenças nas prisões sírias. 

Equipes de resgate encontraram 15 corpos de civis mortos “sob tortura brutal” na prisão de Saydnaya. Além disso, rebeldes localizaram pelo menos 40 corpos com sinais de tortura dentro de um necrotério hospitalar perto de Damasco. Os mortos estavam envoltos em sacos de cadáveres com números e alguns com nomes escritos neles.

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“Abri a porta do necrotério com as mãos, era uma imagem assustadora: havia cerca de 40 cadáveres empilhados com sinais horríveis de tortura”, disse o combatente Mohamed al Hajj, de uma facção rebelde do sul da Síria, à agência de notícias AFP.

O Crescente Vermelho da Síria transportou os corpos para o hospital de Damasco para que as famílias pudessem identificá-los.

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