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Degelo de geleiras na Suíça revela restos humanos e avião desaparecido

Enquanto um dos corpos teria relação com milionário desaparecido em 2018, destroços de aeronave estavam perdidos há mais de 50 anos

Por Vitória Barreto Atualizado em 9 ago 2022, 19h49 - Publicado em 9 ago 2022, 19h46

O aumento de temperaturas fez com que geleiras da Suíça, em processo de degelo, revelassem alguns de seus segredos. Neste verão europeu, alpinistas encontraram dois restos humanos não identificados e destroços perdidos de um avião há mais de cinquenta anos.

Na última quarta-feira, 3, dois alpinistas franceses encontraram ossos humanos quando escalavam a geleira Chessjen, no sul do cantão de Valais. O esqueleto já foi retirado com ajuda de um helicóptero para passar por processos de análise.

+Derretimento de geleira nos Alpes altera fronteira entre Suíça e Itália

Poucos dias antes, outro corpo já havia sido encontrado, dessa vez na geleira Stockji, perto do resort de Zermatt, no noroeste de Matterhorn. Em ambos os casos, a polícia de Valais disse que o processo de identificação de restos humanos por meio de análise de DNA ainda está em andamento e levará “mais alguns dias”.

Ao menos 300 pessoas desapareceram na região desde 1925, segundo lista mantida pela polícia da região alpina. De acordo com a mídia alemã, o corpo encontrado em Stockji pode pertencer a um dos desaparecidos envolvido em um caso de grande repercussão. O milionário Karl-Erivan Haub, cidadão alemão, russo e americano dono de uma rede de supermercados, sumiu na região enquanto treinava para uma excursão em abril de 2018.

Além dos corpos, um guia descobriu n a primeira semana de agosto os destroços de um avião que caiu sobre a geleira Aletsch, perto dos picos das montanhas Jungfrau e Mönch, em junho de 1968. 

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O derretimento por lá, que propiciou as novas descobertas, é tão forte que borrou os limites entre Suíça e Itália, forçando os dois países a redesenhar suas fronteiras. Localizada na divisa entre as nações vizinhas, a Glaciar Theodul marcava o ponto em que a água de degelo formava um bacia que escorria para ambos os lados da montanha em direção a um país ou outro.

Os Alpes suíços, no entanto, não são as únicas concentrações de geleiras afetadas por um inverno de relativamente pouca neve e severas ondas de calor do verão. As mudanças climáticas aceleram o processo de degelo na Groenlândia também. Diferentemente dos achados mórbidos na Suíça, um grupo de bilionários encontrou uma oportunidade no que é revelado debaixo do gelo. 

O derretimento das camadas de gelo criou uma oportunidade para investidores e empresas de mineração que procuram minerais críticos, aqueles de alta relevância para a indústria, capazes de acelerar a transição para a energia verde. O grupo inclui nomes como Jeff Bezos, Michael Bloomberg e Bill Gates. Eles apostam que abaixo da superfície das colinas e vales da região existem minerais suficientes para abastecer centenas de veículos elétricos. 

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