Democratas: cancelar reunião é melhor do que ‘acordo ruim’ com Kim
Para o partido de oposição a Trump, pacto deve incluir a destruição total dos arsenais nuclear e químico da Coreia do Norte e outros quatro pontos
O líder da minoria no Senado dos Estados Unidos, o democrata Chuck Schumer, anunciou nesta segunda-feira (04) uma lista de cinco pontos que o partido considera imprescindíveis no acordo com a Coreia do Norte e pediu ao presidente do país, Donald Trump, que cancele as negociações com Kim Jong-un caso as expectativas não sejam atendidas.
“Queremos garantir que ele deixará as negociações se tratar-se de um acordo ruim”, disse Schumer durante entrevista coletiva.
Segundo o senador, o acordo com a Coreia do Norte deve incluir os seguintes pontos: a destruição dos arsenais nuclear e químico do país, o fim da produção de urânio enriquecido, a suspensão dos testes com mísseis balísticos, o compromisso de aceitar inspeções internacionais e o caráter permanente do pacto.
O democrata alertou a Casa Branca que os membros do partido não apoiarão nenhum acordo que não inclua todos esses pontos.
Schumer criticou as idas e vindas de Trump ao cancelar e depois remarcar a reunião com Kim Jong-un para a próxima terça-feira, 12 de junho, em Singapura. Também reconheceu que o presidente mantém um tom firme, mas indicou que o mais importante é conseguir um bom acordo, e não quem tem um “botão maior”.
Durante a mesma coletiva, o líder democrata no Comitê de Relações Exteriores do Senado, Bob Menéndez, afirmou que o partido não deseja que Trump fracasse nas negociações. “Há coisas demais em jogo”, resumiu o senador.
No entanto, Menéndez colocou em dúvida a capacidade atual do governo de conduzir as negociações e considerou que assinar um pacto por questões políticas seria inaceitável para os democratas.
“Preocupa-me que o presidente não tenha uma estratégia real e que possa colocar em perigo nossos aliados”, indicou Menéndez, que avalia a possível retirada das tropas americanas da Coreia do Sul como um “sinal terrível” para os aliados do país na região. Trump planeja a remoção de boa parte dos 28,5 mil soldados americanos por razões fiscais.
(Com EFE)