Em meio ao que chamou de “momento decisivo”, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, pediu na noite de domingo, 7, mais esforços para resgatar os dez mineiros que estão presos há quatro dias em uma mina de carvão após um deslizamento de terra. O caso aconteceu na cidade de Sabinas, no estado de Coahuila.
“Temos que continuar trabalhando para resgatar os mineiros, temos que fazer tudo o que estamos fazendo e mais. Desejo que seja o mais rápido possível”, disse a jornalistas no local do acidente.
Os funcionários ficaram presos no fim da tarde da última quarta-feira quando trabalhos de escavação fizeram com que um túnel colapsasse, gerando alagamentos em três poços. Eles estão a uma profundidade de cerca de 60 metros e, ao todo, cerca de 234 funcionários do governo trabalham na área para tentar resgatá-los com vida.
Durante o fim de semana, grandes bombas tentavam tirar água da mina, que ficou alagada, enquanto autoridades ponderavam se havia como enviar mergulhadores para retirar os mineiros. Segundo o governador de Coahuila, Miguel Riquelme, os níveis da água ainda estão muito altos, o que impossibilitaria o trabalho dos mergulhadores.
Segundo Riquelme, no entanto, “há progresso, os níveis de água seguem diminuindo, seguem extraindo com um volume muito maior”.
Familiares de alguns dos mineiros montaram uma vigília em uma área próxima e dizem esperar pela possibilidade de que eles tenham encontrado alguma saída de ar.
“Estamos cansados, estamos desesperados, mas com um pouco de esperança”, disse Cecilia Cruz, tia de Sergio Cruz, de 42 anos, à agência de notícias Reuters.
A mina, aberta em janeiro, não possuía “qualquer registrado de queixa por qualquer tipo de anormalidade”, de acordo com o Ministério do Trabalho mexicano.