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Deputado acusa governo venezuelano de tentar envenená-lo na Colômbia

Político diz que primo morreu por envenenamento; regime de Maduro nega ter tentado intoxicar os dois

Por Da Redação 25 fev 2019, 02h12
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  • O presidente da Comissão de Controladoria da Assembleia Nacional (parlamento) da Venezuela, Freddy Superlano, que está em Cúcuta, na Colômbia, para apoiar a tentativa de levar ajuda humanitária a seu país, acusou o governo de Nicolás Maduro de tentar matá-lo por envenenamento. Em texto publicado por sua assessoria de imprensa, ele conta que seu primo acabou falecendo envenenado.

    “Na cidade de Cúcuta o deputado Freddy Superlano e seu primo Carlos Salinas sofreram um envenenamento e Carlos faleceu. O deputado está estável, oremos todos por sua rápida recuperação”, diz uma mensagem postada no Twitter do legislador que foi difundida por sua assessoria de imprensa, que não acrescentou mais informações.

    O governo venezuelano nega a versão. Em pronunciamento de um porta-voz o regime de Nicolás Maduro afirmou que Superlano e seu primo foram intoxicados por “prostitutas” que queriam roubar seus pertences quando praticavam uma “orgia” em um motel de Cúcuta.

    “Enquanto incitam a agressão à Venezuela, o assassinato de venezuelanos, a violência entre venezuelanos, estavam com prostitutas. Dois senhores com prostitutas em uma orgia em um hotel da Colômbia”, disse em entrevista coletiva o ministro de Informação da Venezuela, Jorge Rodríguez.

    Por sua vez, o partido Vontade Popular (VP), do qual Superlano faz parte, disse através da mesma rede social que o parlamentar “foi vítima de um ataque com burundanga” – uma substância também conhecida como escopolamina – e que Salinas, que também militava no partido, “não resistiu” e “morreu por intoxicação”.

    O VP, fundado pelo opositor preso Leopoldo López e do qual também faz parte o presidente do parlamento Juan Guaidó, expressou suas condolências aos familiares de Salinas e acrescentou que está à espera das “investigações por parte das autoridades colombianas que levem ao esclarecimento dos fatos”.

    Na quinta-feira, o parlamentar informou que tinha chegado a Cúcuta para apoiar a tentativa de enviar ontem à Venezuela a ajuda humanitária armazenada na cidade colombiana, mas que foi bloqueada pelas forças de segurança do governo de Nicolás Maduro.

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    O parlamentar conduz várias investigações de corrupção na Venezuela relacionadas a temas como os pagamentos de propina da empreiteira brasileira Odebrecht, o desvio de divisas e o programa de alimentos subsidiados do governo Maduro.

    Em novembro do ano passado, o parlamentar disse à Efe que o prejuízo que o país sofreu através do controle do câmbio supera os US$ 400 bilhões, um número quase 46 vezes superior às reservas internacionais atuais da Venezuela.

    (Com EFE)

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