O deputado e candidato às eleições parlamentares do Afeganistão, Abdul Jabar Qahraman, morreu nesta quarta-feira, 17, em um atentado com bomba no seu comitê de campanha em Lashkar Gah, no sul do país.
O ataque foi reivindicado pelo Talibã. Segundo as autoridades locais, uma bomba foi colocada debaixo de uma cadeira no escritório do político. Além do candidato, outras três pessoas morreram na explosão e sete ficaram feridas.
Qahraman era deputado e buscaria a reeleição na votação do próximo sábado, 20. Ele é o décimo candidato assassinado nos últimos dois meses. Outros dois foram sequestrados e quatro foram feridos por militantes islâmicos radicais.
“Tais atos brutais de terroristas e seus apoiadores não podem enfraquecer a confiança do povo nos processos pacíficos e democráticos”, disse o presidente afegão, Abdul Ghani, em um comunicado no qual repudiou o ataque.
O Talibã assumiu a responsabilidade pela explosão, dizendo em um comunicado: “Matamos Qahraman, um comunista renomado”.
O grupo ordenou aos afegãos que boicotem as eleições por considerar que se trata de um processo “falso”, que tem como objetivo legitimar a presença das tropas internacionais no Afeganistão. Os terroristas querem estabelecer seu próprio regime islâmico.
Qahraman tinha servido como general durante a invasão soviética no país na década de 80, motivo pelo qual era conhecido pelos talibãs como o general “comunista”.
Segundo o porta-voz do Ministério do Interior, Nasrat Rahimi, a polícia prendeu três suspeitos de comandar o ataque na capital provincial de Lashkar Gah.
(Com EFE e Reuters)