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Deputados cantam ‘Bella Ciao’ depois de discurso de Orbán no Parlamento Europeu

Primeiro-ministro da Hungria apresentava prioridades da presidência húngara do Conselho da União Europeia

Por Da Redação
Atualizado em 9 out 2024, 16h06 - Publicado em 9 out 2024, 16h01
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  • Durante sessão do Parlamento Europeu nesta quarta-feira, 9, deputados de esquerda surpreenderam ao cantar o clássico “Bella Ciao”, símbolo da resistência antifascista italiana, logo após o término do discurso do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.

    A presidente do Parlamento, Roberta Metsola, reagiu, pedindo respeito à instituição. “Parece mais ‘La Casa de Papel’ aqui”, afirmou Metsola, referindo-se à série de TV que contribuiu para a popularização da música nos últimos anos.

    https://twitter.com/PoliticsJOE_UK/status/1844021503068954956

    Depois da fala de Orbán, focada em apresentar as prioridades da presidência húngara do Conselho da União Europeia, Metsola chamou Ursula von der Leyen ao palanque, mas o canto dos deputados impediu o discurso da presidente da Comissão Europeia. Enquanto isso, deputados do grupo Patriotas pela Europa levantaram-se para aplaudir Orbán.

    Em seu discurso, o líder húngaro falou sobre as “ameaças para a segurança” do bloco. Ele alegou que o atual sistema de asilo da UE “não está funcionando” acusando a emigração pelo “aumento do antissemitismo e homofobia” na Europa. Além disso, insistiu na adesão de Bulgária e Romênia à zona de livre circulação até o final deste ano.

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    Ao longo da presidência húngara no Conselho, o primeiro-ministro húngaro prometeu seguir o lema “Make Europe Great Again” (Faça a Europa Grande Novamente, em tradução direta), emprestado de seu admirador, Donald Trump.

    No poder desde 2010, acumulando quatro mandatos consecutivos, Orbán angariou vasta base popular com seu discurso ultraconservador anti-imigração, xenófobo e propagador da “Europa cristã”, facilitado pelo aniquilamento, à custa de censura e aperto financeiro, de toda a imprensa de oposição. No ano passado, fez um discurso inflamado contra o que ele chamou de “mistura de raças”, levando à renúncia de uma de suas conselheiras mais antigas, que descreveu o texto como “puramente nazista”.

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