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Deutsche Bank teria acobertado lavagem de dinheiro de Trump

Instituição teria omitido informações sobre transações ao Departamento do Tesouro; genro do líder americano também estaria envolvido

Por Da Redação
20 Maio 2019, 16h47

A administração do Deutsche Bank omitiu do Departamento do Tesouro americano informações sobre operações suspeitas de lavagem de dinheiro realizadas por empresas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e de seu genro, Jared Kushner, denunciou o jornal The New York Times.

Segundo o jornal, um grupo de funcionários especializados em detectar lavagem de dinheiro recomendou aos seus superiores que reportassem múltiplas transações de pessoas jurídicas controladas por Trump e Kushner ao Tesouro, órgão governamental à frente da luta contra crimes financeiros.

Mas os diretores do Deutsche Bank, antigo credor de empresas controladas pela família do presidente, teriam “rejeitado as recomendações de seus funcionários”, diz o Times, acrescentando que a “natureza das transações” entre 2016 e 2017 “não está clara”.

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Os representantes do banco negam que “alguém teria sido impedido de falar ou tenha sido demitido para silenciar problemas relacionados a um cliente”. Mas acusações contribuíram para uma queda recorde de suas ações, de mais de 2,8%.

Nesta segunda-feira, 20, em uma série de tuítes, Trump negou a história e afirmou não “precisar ou querer a ajuda de bancos”, já que “conquistou muito dinheiro e compra tudo à vista.” Ele também acusou a imprensa de ser “falsa” e “sempre usar fontes anônimas” em suas denúncias. “As fontes nem ao menos existem”

Em suas postagens, o presidente ainda elogiou o Deutsche Bank por ser uma instituição “muito boa e altamente profissional.”

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As acusações sobre transações ilícitas do republicano não são novidades. O Congresso do estado de  Nova York já está investigando a relação entre o presidente, seus familiares e o Deutsche Bank e requisitou documentos relacionados a atividades suspeitas.

O líder americano entrou com processos para tentar bloquear o acesso da câmara estadual a seus documentos fiscais, guardados pelo banco alemão, pelo Capital One e pela empresa de contabilidade Mazars.

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No início do mês, o Times obteve informações sobre a perda de 1 bilhão de dólares das empresas do presidente no período entre 1985 e 1994. Ele se recusa a fornecer os documentos de transações mais recentes e suas declarações de Imposto de Renda.

(Com AFP)

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