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Direitista Iván Duque é eleito presidente da Colômbia

Com 99,67% dos votos apurados, o afiliado político do ex-presidente Álvaro Uribe conseguiu pouco mais de 10,3 milhões de votos

Por EFE Atualizado em 17 jun 2018, 20h27 - Publicado em 17 jun 2018, 19h16
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  • O candidato do partido Centro Democrático, Iván Duque, venceu a corrida eleitoral à Presidência da Colômbia neste domingo, 17, e tomará posse no dia 7 de agosto. Com 99,67% dos votos apurados, Duque, um afiliado político do ex-presidente Álvaro Uribe, tem pouco mais de 10,3 milhões de votos, o equivalente a 53,96% do total, de acordo com o Registro Nacional do Estado Civil, o órgão eleitoral do país. O ex-guerrilheiro Gustavo Petro, do movimento Colômbia Humana, tem pouco mais de 8 milhões de votos, 41,83% do total apurado.

    A vantagem parcial de 12,16% para Duque não permite que Petro alcance seu patamar, já que falta a análise de apenas 0,33% das mesas para o encerramento da apuração. Conforme os resultados atuais, foram contabilizados 4,20% votos brancos. A jornada eleitoral começou às 8h locais (10h de Brasília), e as seções eleitorais permaneceram abertas por oito horas.

    Com o resultado, Iván Duque superou em os 7,5 milhões de votos que recebeu no primeiro turno da disputa, em 27 de maio. Aos 41 anos, ele é o presidente mais jovem eleito na Colômbia desde 1872. A vice de Duque será Marta Lucía Ramírez, primeira mulher a ocupar esse posto no país.

    Por meio do Twitter, Gustavo Petro reconheceu a vitória do adversário, mas ressaltou não se sentir derrotado. “Qual derrota? Oito milhões de colombianas e colombianas livres de pé. Aqui não existe derrota. Por enquanto não seremos governo”, escreveu Petro, em resposta a uma publicação da rádio Caracol com imagens de seus eleitores decepcionados com a vitória de Iván Duque.

    A eleição é determinante para os acordos de paz que buscam acabar com meio século de confronto armado no país. O prolongado conflito com as guerrilhas adiou por décadas o tradicional duelo entre direita e esquerda na quarta economia da América Latina.

    “São eleições transcendentais”, afirmou Juan Manuel Santos, o presidente que deixará o poder em agosto, ao votar durante a manhã na Praça de Bolívar de Bogotá. Vencedor do Nobel da Paz de 2016, Santos destacou as “garantias” de segurança que os eleitores terão, em um país onde a violência afetou as eleições por décadas.

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    Duque e Petro ofereceram propostas opostas para o acordo de paz e outros temas. O direitista promete modificar o pacto. O ex-guerrilheiro, de 58 anos, militou no M-19, já dissolvido, defendia o acordo.

    Com a antiga guerrilha comunista transformada em partido e diálogos contínuos com os rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN), a luta contra a corrupção e o narcotráfico, assim como as relações e a migração sem precedentes da Venezuela, ganharam espaço na campanha.

    Vencedor do primeiro turno com 39% dos votos, Duque tem experiência política de quatro anos. Embora tenha se destacado no Senado, chegou ao Parlamento por uma lista fechada liderada por Uribe.

    O presidente eleito pretende recuperar o cargo máximo do país para uma direita contrária ao acordo com as Farc, diminuir os impostos para as empresas e aumentar a pressão internacional contra o governo de Nicolás Maduro na Venezuela. A Colômbia tem 49 milhões de habitantes, com 27% de pobreza e é o maior produtor mundial de cocaína.

    Telefonema do presidente

    O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, telefonou para Iván Duque, depois de confirmada sua vitória nas urnas.

    “Liguei para Iván Duque para parabenizá-lo e deseja muita sorte. Ofereci toda a colaboração do governo para fazer uma transição ordenada e tranquila”, escreveu Santos no Twitter.

    Ao longo da campanha, ele não manifestou apoio para candidato algum, no entanto tinha se comprometido a dar os parabéns para o ganhador como parte dos pedidos feitos para que a campanha transcorresse em um ambiente pacífico.

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