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Diretor do centro de memória do Holocausto diz que comentários de Musk são ‘perigosos’

Fala do bilionário em lançamento da campanha da AfD minimizou a responsabilidade histórica da Alemanha pelos crimes nazistas

Por Da Redação
Atualizado em 27 jan 2025, 21h59 - Publicado em 27 jan 2025, 18h30

O presidente do Centro Mundial de Memória do Holocausto, Dani Dayan, acusou Elon Musk de insultar as vítimas do nazismo, depois que o bilionário disse que a Alemanha deveria “superar a culpa do passado” e que “as crianças não devem carregar a culpa dos pecados de seus pais, muito menos de seus bisavós”. As declarações foram feitas durante o lançamento da campanha do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD) e foram vistas como uma tentativa de suavizar a responsabilidade histórica da Alemanha pelos crimes do regime nazista.

O episódio se deu em um momento particularmente sensível, a poucos dias das cerimônias de lembrança do 80º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz, uma das datas mais significativas da memória histórica alemã. O fato de Musk ter feito tais declarações antes do evento não passou despercebido.

Em uma publicação no X, plataforma comprada por Musk no ano passado, Dayan afirmou que “a memória do Holocausto deve ser central na formação da sociedade alemã” e que qualquer tentativa de ignorar esse passado é uma “ofensa às vítimas do nazismo” e um risco para o futuro democrático da Alemanha.

Em seu discurso no sábado, Musk abordou questões relacionadas ao orgulho nacional, dizendo que é importante que os alemães “se orgulhem da Alemanha e de serem alemães”. O bilionário também se pronunciou sobre a imigração, um tema central nas próximas eleições gerais da Alemanha, agendadas para 23 de fevereiro. Musk incentivou Alice Weidel, colíder da AfD, e seus apoiadores a não permitirem que o orgulho nacional se perdesse em “um tipo de multiculturalismo que dilui tudo”.

Reações internacionais não demoraram. O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, foi um dos primeiros a criticar os comentários de Musk, chamando-os de “sinistros” e lamentando o fato de terem sido feitos pouco antes do  aniversário da libertação de Auschwitz. Já o chanceler alemão, Olaf Scholz, expressou desaprovação ao gesto, reforçando que, embora todos possam expressar suas opiniões, “não se pode apoiar a extrema direita”. Musk reagiu de forma provocativa, atacando o chanceler no X.

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O episódio ocorre em um momento de crescente envolvimento de Musk nas questões políticas europeias, particularmente no contexto da ascensão de movimentos populistas e de extrema direita. A polêmica envolvendo um gesto de Musk em um comício nos Estados Unidos – que muitos associaram a uma saudação fascista – intensificou as suspeitas sobre sua possível simpatia por essas ideologias. No evento após a posse de Donald Trump, Musk fez um gesto com o braço que se assemelhava à saudação nazista ou romana, tradicionalmente associada a líderes fascistas na Alemanha e na Itália.

Musk rebateu as críticas no X: “O ataque de ‘todo mundo é Hitler’ está muito saturado”, escreveu.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, saiu em defesa de Musk, afirmando que ele foi “falsamente difamado”.

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