O Kremlin disse nesta sexta-feira, 25, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não está por trás da suposta morte do chefe do Grupo Wagner, um exército mercenário, Yevgeny Prigozhin. Segundo o porta-voz do governo russo, as acusações de que Moscou causou o acidente de avião em que Prigozhin estava listado como passageiro é “mentira absoluta” do Ocidente.
“Há agora muita especulação em torno deste acidente de avião e das trágicas mortes dos passageiros do avião, incluindo Yevgeny Prigozhin. É claro que, no Ocidente, toda esta especulação é apresentada de um ângulo bem conhecido”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
“Tudo isso é mentira absoluta, e aqui, ao abordar esse assunto, é preciso se basear em fatos. Ainda não há muitos fatos. Eles precisam ser estabelecidos no decorrer das ações investigativas”, completou
Peskov acrescentou que a investigação sobre a queda do avião na noite de quarta-feira, na qual Putin afirmou que Prigozhin e seus associados foram mortos de acordo com informações preliminares, continua. O presidente russo não se encontrou com o chefe do Grupo Wagner recentemente, acrescentou Peskov.
Ele também disse que era impossível dizer se Putin compareceria ao funeral de Prigozhin e que o presidente tinha “uma agenda muito lotada”.
Peskov insistiu que o grupo mercenário não tinha existência legal formal. Contudo, falou que seus combatentes deram uma “grande contribuição” para a campanha militar da Rússia na Ucrânia e elogiou seu “heroísmo”.
Em junho, o Grupo Wagner fez uma breve rebelião. Seus mercenários iniciaram uma marcha em direção a Moscou para expulsar os rivais de Prigozhin no ministério da Defesa, um motim condenado por Putin como uma traiçoeira “facada nas costas”.