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Economia da China volta a crescer após crise do coronavírus

PIB do país subiu 3,2% no período, depois da queda de 6,8% nos primeiros três meses do ano. Bolsas de Xangai e Hong Kong fecharam em baixa apesar do índice

Por Da Redação
Atualizado em 16 jul 2020, 11h23 - Publicado em 16 jul 2020, 09h07
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  • Depois de registrar o pior resultado histórico no início do ano, quando a pandemia do novo coronavírus paralisou a economia da China, novos dados divulgados pelo governo de Pequim trazem boas notícias pela primeira vez. O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 3,2% no segundo trimestre, segundo anunciado nesta quinta-feira, 16, pelo Escritório Nacional de Estatísticas (BNS).

    O resultado mostra recuperação depois da queda de 6,8% nos primeiros três meses do ano, quando a pandemia paralisava o país.

    A China, onde o vírus foi detectado em dezembro, antes da propagação para o resto do mundo, foi o primeiro país a retomar as atividades e pode ser um indicativo da esperada recuperação da economia mundial. Os dados do crescimento entre abril e junho, porém, foram questionados por analistas e superaram as previsões do mercado.

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    O ritmo de crescimento trimestral, no entanto, continua longe do nível registrado no conjunto de 2019 (+6,1%), que foi o pior resultado histórico do país.

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    As vendas no varejo, principal índice de consumo, voltaram a cair em junho em ritmo anual (-1,8%). A queda não foi tão expressiva como a do mês anterior (-2,8%), mas o número é pior que as previsões dos analistas, que projetavam em média +0,5%.

    As Bolsas de Xangai e Hong Kong, porém, fecharam a quinta-feira em baixa. Para a economista Iris Pang, do banco ING, o mercado vê as estatísticas oficiais como sendo “muito bonitas para serem autênticas” e sustentáveis. A queda no varejo também frustrou os investidores.

    No conjunto do primeiro semestre, a economia chinesa enfrenta “graves desafios provocados pela Covid-19”, tanto no país como no exterior, afirmou a porta-voz do BNS, Liu Aihua, ao destacar que a atividade permanece “sob pressão”.

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    A produção manufatureira conseguiu no mês passado o melhor resultado em 2020, com um avanço de 4,8% em ritmo anual. O setor de exportação, um pilar da economia chinesa, continua particularmente vulnerável porque os sócios comerciais da China ainda sofrem as consequências do vírus.

    No que diz respeito ao investimento em capital fixo, nos seis primeiros meses do ano a contração foi de 3,1%. A retomada da economia se deve “tanto ao êxito (do país) na gestão do vírus como à política de apoio do governo”, afirma a agência de classificação financeira Fitch. Apesar da detecção de um novo foco de Covid-19 no mês passado em Pequim, nesta quinta-feira o país registrou apenas um caso da doença.

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    Para apoiar a economia, a China permitirá que seu déficit alcance este ano 3,6% do PIB (contra 2,8% ano passado). Várias províncias e administrações locais anunciaram programas para estimular o consumo, com bônus de compra ou descontos.

    Em junho, a taxa de desemprego foi de 5,7%, contra 5,9% em maio. Em fevereiro o país registrou o recorde absoluto (6,2%). O dado, porém, reflete apenas a situação dos habitantes das grandes cidades e deixa de fora milhões de trabalhadores migrantes do campo que sofrem os efeitos da crise

    (Com AFP)

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