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Egito e Catar acusam Israel de violar lei internacional após bloqueio de ajuda em Gaza

Decisão do governo israelense gerou novo impasse nas negociações sobre segunda fase da trégua

Por Redação
3 mar 2025, 12h01

Representantes do Egito e do Catar acusaram Israel nesta segunda-feira, 3, de violar a lei humanitária internacional, após o governo israelense interromper no domingo a entrada de ajuda humanitária em Gaza, incluindo alimentos, medicamentos e outros suprimentos essenciais. Segundo mediadores, o bloqueio poderia ser enquadrado como uma tentativa de usar a fome como uma arma de guerra

A interrupção do fluxo de suprimentos gerou um novo impasse nas negociações para a segunda fase do acordo, que ainda não foi iniciada, apesar de estar prevista para começar há um mês.

A proposta do governo israelense de continuar com o cessar-fogo está condicionada à libertação imediata dos reféns, o que gerou uma nova disputa, já que o Hamas exige que Israel retire suas tropas de Gaza antes de conceder a libertação total dos prisioneiros.

Reações internacionais e críticas

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha alertou que o bloqueio da ajuda humanitária pode reverter o progresso feito até o momento e prejudicar a população já devastada pela guerra. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu a restauração imediata da ajuda e a continuidade do cessar-fogo, enquanto organizações não governamentais entraram com ações legais em Israel, buscando barrar a decisão, que consideram uma violação do direito internacional.

Kenneth Roth, ex-diretor da Human Rights Watch, destacou que, como potência ocupante, Israel tem a obrigação de permitir a entrada de ajuda humanitária, conforme as Convenções de Genebra, e classificou a recente decisão de bloquear a ajuda como uma retomada da estratégia de fome, um crime de guerra.

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Com mais de 48.000 palestinos mortos, muitos civis, e cerca de 1.700 israelenses vítimas da guerra, a população de Gaza depende enormemente da ajuda humanitária. Desde janeiro, cerca de 600 caminhões com ajuda foram enviados diariamente para Gaza através da fronteira com o Egito. No entanto, com o bloqueio, os preços dispararam e as condições de vida se agravaram, especialmente nas áreas mais devastadas, como o campo de refugiados de Jabaliya.

O Tribunal Penal Internacional já indicou que existem motivos para acreditar que Israel pode estar violando as Convenções de Genebra, acusando o governo de Netanyahu de utilizar a fome como uma estratégia de guerra. O governo israelense nega essas acusações, atribuindo a escassez de suprimentos à ineficácia da distribuição da ajuda pela ONU e ao desvio de recursos pelo Hamas.

Futuro do cessar-fogo

A segunda fase do cessar-fogo previa a libertação de dezenas de reféns palestinos, em troca de uma retirada israelense de Gaza. No entanto, as negociações para essa fase deveriam ter começado há um mês, mas ainda não foram iniciadas, gerando tensões entre as partes. Enquanto o Hamas exige uma retirada das tropas israelenses e a libertação de prisioneiros palestinos, Israel insiste na libertação imediata de todos os reféns.

No domingo, Israel apresentou uma nova proposta apoiada pelos Estados Unidos, que sugeria a extensão do cessar-fogo até o Ramadã (mês sagrado muçulmano) e até a Páscoa judaica, com o Hamas libertando metade dos reféns no primeiro dia e o restante quando um acordo definitivo fosse alcançado. Entretanto, o grupo palestino rejeitou a proposta, alegando que qualquer atraso ou descumprimento do acordo resultaria em “consequências humanitárias” para os reféns.

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