Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês

APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

Continua após publicidade

Ele está rindo à toa

Eleito presidente, comediante sem experiência na política e sem aliados no Congresso tem missão de tirar o país da crise econômica e aproximá-lo do Ocidente

Por Thais Navarro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 16h26 - Publicado em 26 abr 2019, 07h00

Enredada em escândalos de corrupção e em uma dívida bilionária com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Ucrânia elegeu no domingo 21 um comediante — é isso mesmo — para a Presidência. Vladimir Zelensky, de 41 anos, se lançou no páreo apenas quatro meses antes do pleito, quando tudo o que se sabia sobre ele era que havia participado de uma série de grande sucesso na TV ucraniana, Servo do Povo: encarnava então um professor de história que caíra no gosto da população depois que um vídeo de sua autoria viralizou nas redes sociais — e acabou virando presidente. A vida imitou a arte a seu jeito, com Zelensky conquistando o comando do país do Leste Europeu, com 73% dos votos. A realidade, porém, será duríssima para o novato que fez campanha sem sair às ruas e usando e abusando das redes, como um certo alguém.

Sem um plano claro de governo, ele terá de enfrentar várias batalhas para tirar seu país da crise econômica que vem ceifando empregos. A missão será especialmente difícil pela falta de alicerces políticos de Zelensky. Ele se candidatou pelo partido que criou (nome: Servo do Povo, como o do programa humorístico) e enfrentará um Parlamento de maioria opositora, incluindo aí o primeiro-­ministro, alinhado com o antecessor de Zelensky, o bilionário Petro Poroshenko. Os ventos soprarão contra pelo menos até outubro, quando haverá eleição legislativa. “Como em outros países, o voto em Zelensky revela insatisfação com a política tradicional”, diz a cientista política ucraniana Oxana Shevel. Poroshenko foi ungido como expressão do mesmo sentimento, mas não renovou nada.

Zelensky, que será empossado em junho, precisará tomar decisões geopolíticas muito rápidas. Em 2014, a Ucrânia perdeu a Crimeia para a Rússia e a região continua em pé de guerra, com tropas dos dois países de prontidão e um saldo de 13 000 mortos. Enquanto uma negociação ali parece incontornável, Zelensky terá de fazer costuras com o Ocidente. “A Ucrânia escolheu o caminho de integração à Otan e à União Europeia”, afirmou o recém-eleito. Como se diz por aí, falta combinar com os russos.

Publicado em VEJA de 1º de maio de 2019, edição nº 2632

carta
Envie sua mensagem para a seção de cartas de VEJA
Qual a sua opinião sobre o tema desta reportagem? Se deseja ter seu comentário publicado na edição semanal de VEJA, escreva para veja@abril.com.br
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

2 meses por 8,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.