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Elon Musk pode desencadear a primeira crise no governo Trump?

Lua de mel entre republicano e magnata da tecnologia começa a mostrar cada vez mais sinais de atrito

Por Redação 4 fev 2025, 15h33

Em junho de 2017, o bilionário Elon Musk, CEO da Tesla e dono do X, deixou abruptamente uma reunião na Casa Branca sobre manufaturas depois que o presidente americano, Donald Trump, disse que retiraria os Estados Unidos do acordo climático de Paris — algo que ele seguiu em frente e concretizou durante seu primeiro mandato.

Oito anos depois, mais uma vez, Trump anunciou a mesma medida, assim que voltou a seu segundo mandato como presidente, com direito a uma carta às Nações Unidas. Musk,  desta vez estava do outro lado, como maior doador da campanha do republicano, que o encarregou de liderar os esforços para reduzir o tamanho do governo americano.

+ Musk diz que fechará Usaid para corte de gastos: ‘Trump concorda’

A lua de mel, no entanto, rapidamente começou a mostrar sinais de atrito. O que no início poderia ter sido um alinhamento estratégico entre um magnata bilionário da tecnologia e um político que tem a maioria no Congresso na palma da mão, pode ser uma bomba-relógio.

Fim da lua de mel

No final de janeiro, pouco depois de a Casa Branca anunciar um novo investimento massivo em infraestrutura de inteligência artificial, Musk questionou abertamente o governo do qual agora faz parte. Segundo o bilionário, a joint venture anunciada por Trump entre OpenAI, SoftBank e Oracle para criar pelo menos US$ 100 bilhões em infraestrutura de computação não tinha o financiamento necessário para alcançar os níveis de investimento prometidos.

Vale ressaltar, claro, que Musk e o CEO da OpenAI, Sam Altman, estão atualmente envolvidos em uma disputa judicial. O dono da Tesla, que ajudou a fundar a empresa criadora do ChatGPT, processou em 2024 a OpenAI e Altman por supostos danos às leis de concorrência.

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Nesta segunda-feira, 3, mais um novo problema. Musk anunciou quer fechar a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USaid, na sigla em inglês), órgão público que responde por cerca de 40% da ajuda humanitária no mundo. Trump deve que vir a público deixar claro que o conselheiro “não pode e não fará” nada sem sua aprovação.

Segundo fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters, Trump de fato considera o fim da agência, mas através de uma integração com o Departamento de Estado para aumentar sua eficiência e garantir que os gastos esteja alinhados com a agenda do governo.

Conhecidamente, Trump tem um histórico de descartar facilmente qualquer pessoa quando as coisas não saem do seu jeito — o que pode piorar quando se fala de alguém possivelmente tão midiático e de ego tão elevado quanto ele mesmo.

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