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Em apelo ao eleitorado, partido tailandês promete legalizar vibradores

Brinquedos sexuais são proibidos na Tailândia, gerando mercado negro; políticos conservadores justificam legalização para coibir prostituição e divórcio

Por Da Redação
Atualizado em 26 abr 2023, 10h49 - Publicado em 26 abr 2023, 10h09
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  • O Partido Democrata da Tailândia, legenda de corrente conservadora, propôs nesta quarta-feira, 26, que o país legalize todos os brinquedos sexuais, como vibradores, com o objetivo de renovar seu apelo antes das próximas eleições gerais.

    Atualmente, é ilegal vender brinquedos sexuais na Tailândia, e isso pode levar a uma pena de prisão de até três anos ou multa de até R$ 8.850. No entanto, eles são vendidos abertamente em camelôs nas ruas de Bangkok.

    O partido Democrata, legenda mais antiga do país, sofreu derrotas avassaladoras nas eleições de 2019 e está perdendo nas pesquisas antes da votação do mês que vem.

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    Ratchada Thanadirek, líder do Partido Democrata e, portanto, candidata a primeira-ministra, disse que vibradores e outros brinquedos sexuais já estão sendo contrabandeados, independentemente das leis que proíbem sua venda. Assim, o governo estaria deixando de coletar impostos devido à ausência de regulamentação.

    Além disso, Ratchada defendeu que a legalização dos produtos traria benefícios tanto econômicos como sociais, mesmo na atmosfera altamente conservadora da Tailândia.

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    “Os brinquedos sexuais são úteis, porque podem levar a uma diminuição da prostituição, bem como do divórcio, devido a uma incompatibilidade da libido sexual”, alegou, acrescentando que o uso de vibradores também poderia “reduzir crimes sexuais”.

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    A proposta, segundo ela, é estabelecer uma indústria de brinquedos sexuais na Tailândia, que regulamentaria e legalizaria os produtos para maiores de 18 anos.

    Outrora um ator importante na política tailandesa, o Partido Democrata, conservador e pró-monarquia, já tinha fortes bases de apoio entre os eleitores de classe média em Bangcoc e no sul. No entanto, sofreu enormes perdas em seus redutos eleitorais nas eleições de 2019 e não conseguiu conquistar uma única cadeira na capital. Muitos dos antigos apoiadores abandonaram a legenda para apoiar o partido Palang Pracharath, defendido pelos militares.

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    A eleição colocará ex-generais do exército – incluindo o primeiro-ministro, Prayuth Chan-ocha, que chegou ao poder com um golpe de Estado – contra o partido Pheu Thai, que é associado ao ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra.

    A campanha tem sido dominada principalmente por ofertas de apoio financeiro, com os partidos prometendo aumentos de salários e doações em dinheiro.

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