Em apenas um dia, 20.000 civis fogem de Ghuta Oriental
Regime de Bashar Assad retoma grande parte do território dos rebeldes
Por Da redação
Atualizado em 16 mar 2018, 00h08 - Publicado em 15 mar 2018, 21h53
Homem carrega uma criança ferida em bombardeios do governo na cidade rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental, nos arredores da capital Damasco - 19/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
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1/14 Fumaça sobe dos edifícios após o bombardeio na aldeia de Mesraba, na região de Ghouta ocupada por rebeldes e sitiada nos subúrbios da capital Damasco - 19/02/2018 (Hamza Al-Ajweh/AFP)
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3/14 Criança síria ferida em bombardeios atribuídos às forças do governo chora enquanto recebe tratamento em um hospital na cidade rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental, nos arredores da capital, Damasco - 19/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
4/14 Homem faz orações ao lado de corpos preparados para o o funeral de vítimas civis mortas durante ataques aéreos do governo na cidade rebelde de Arbin, na região sitiada de Ghouta Oriental - 20/02/2018 (Amer Almohibany/AFP)
5/14 Menino ferido recebe tratamento em um hospital em Douma após ataques aéreos do governo na aldeia síria de Mesraba, na região sitiada de Ghouta Oriental, nos arredores da capital Damasco - 19/02/2018 (Hamza Al-Ajweh/AFP)
6/14 Homem carrega uma criança ferida em bombardeios do governo na cidade rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental, nos arredores da capital Damasco - 19/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
7/14 O pequeno Mohammed chora enquanto recebe tratamento em um hospital em Kafr Batna depois de ter sido ferido com sua mãe nos ataques aéreos das forças do governo na cidade de Jisreen, na região sitiada de Ghouta Oriental - 20/02/2018 (Ammar Suleiman/AFP)
8/14 Nuvem de fumaça é vista na sequência de um ataque aéreo das forças do governo sírio à cidade rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental, nos arredores da capital Damasco - 21/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
9/14 Membros da defesa civil síria resgatam um homem dos escombros após ataque aéreo das forças do governo no reduto rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental - 21/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
10/14 Menino corre em frente a edifício completamente destruído durante ataques aéreos das forças do regime sírio na cidade rebelde de Douma, na região sitiada de Ghouta Oriental - 20/02/2018 (Hamza Al-Ajweh/AFP)
11/14 Cão corre em meio aos escombros após um poderoso ataque aéreo das forças do governo da Síria na cidade rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental, nos arredores da capital, Damasco - 21/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
12/14 Homem é socorrido por membros da defesa civil da Síria. Os ataques aéreos do regime após três dias de intensos bombardeios no reduto rebelde de Ghouta já deixaram ao menos 300 mortos - 20/02/2018 (Hamza Al-Ajweh/AFP)
13/14 Nuvens de fumaça surgem na sequência de um poderoso ataque aéreo do regime sírio contra o reduto rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental - 20/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
14/14 Homem resgata uma criança ferida após ataque aéreo das forças do governo sírio no reduto rebelde de Hamouria, na região sitiada de Ghouta Oriental nos arredores da capital, Damasco - 21/02/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
Ao menos 20.000 civis fugiram apenas nesta quinta-feira do enclave rebelde de Ghuta Oriental, próximo a Damasco, onde o regime da Síria tomou mais de 70% do território, inclusive a cidade de Hamuriya, no sul.
Mais de 350.000 pessoas morreram desde o início do conflito na Síria em 2011 — após sete anos de guerra o país está em ruínas. O presidente sírio, Bashar Assad, debilitado durante muito tempo, conseguiu, graças ao apoio da Rússia, reverter a situação e retomar o controle de mais da metade do país.
Perto de Damasco, as forças governamentais sírias e da Rússia se concentram na ampla operação iniciada em meados de fevereiro contra Ghuta Oriental, onde se localiza o último reduto de oposição a Assad próximo da capital.
Após mais de três semanas de ofensiva, o regime retomou o controle de 70% da área rebelde, ao custo de muitas vítimas civis. Os bombardeios diários sobre o enclave deixaram 1.250 civis mortos, dos quais mais de 250 menores, e 4.800 feridos, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
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O enclave está sitiado desde 2013 e a ofensiva do regime conseguiu dividi-lo em três setores. Nesta quinta-feira, mais de 20.000 civis fugiram de Hamuryia e outras localidades ao sul, segundo o OSDH.
À tarde, o OSDH informou que as forças sírias, que entraram em Hamuriya na noite de quarta-feira, conseguiram tomar o controle de toda a cidade “depois que se retiraram os combatentes” rebeldes.
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Enquanto isso, a Rússia informou que continuaria apoiando as forças governamentais em sua ofensiva. “Seguiremos combatendo os terroristas, os venceremos”, disse o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, em Moscou.
Na noite de quarta-feira, Hamuriya sofreu bombardeios. Um médico da região informou que os socorristas não podiam auxiliar as vítimas pela intensidade dos ataques.
“Os feridos estão nas estradas. Não podemos movê-los. Os aviões apontam contra tudo o que se move”, disse o médico Ismail al-Jatib. “Não sabemos o que aconteceu com as famílias que fugiram durante os bombardeios”.
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Ajuda humanitária
No setor norte do enclave, onde fica a cidade de Duma, controlada pelo grupo Jaish al-Islam, a “situação se estabilizou consideravelmente”, afirmaram nesta quarta-feira as forças russas.
Um comboio com ajuda humanitária para a população de Duma entrou no enclave nesta quinta-feira, informou um porta-voz na Síria do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
Trata-se de um comboio conjunto do CICV, do Crescente Vermelho e da ONU, integrado por 25 caminhões com 5.200 pacotes de alimentos e 5.220 sacos de farinha para 26.100 pessoas, segundo esta fonte.
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