O diretor financeiro de longa data do ex-presidente Donald Trump, Allen Weisselberg, foi condenado por um juiz de Nova York a cinco meses de prisão nesta terça-feira 10, por ter feito parte de um esquema de fraude fiscal que durou 10 anos, após ser testemunha do estado contra a empresa Trump Organization.
Weisselberg deve se apresentar em Rikers Island, a notória prisão da cidade de Nova York, para começar a cumprir sua sentença imediatamente. De acordo com a emissora americana CNN, ele será colocado em uma unidade de enfermaria e não fará parte da população carcerária geral.
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O ex-diretor financeiro se declarou culpado de 15 crimes em agosto, em um acordo com os promotores. Como parte da troca, ele foi obrigado a testemunhar no julgamento da empresa familiar Trump Organization, pagar US$ 2 milhões em impostos atrasados, juros e multas e renunciar a qualquer direito de apelação.
Weisselberg confessou que deveria ter pago impostos sobre a compensação extracontábil, cerca de US$ 200 mil em um ano. Isso incluía um apartamento de luxo em Manhattan com vista para o rio Hudson, dois empréstimos de carros da Mercedes Benz, estacionamento, serviços públicos, móveis e mensalidades de uma escola particular para seu filho e netos.
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O juiz Juan Merchan disse na terça-feira que, se não tivesse prometido uma sentença de cinco meses a Weisselberg, ele teria emitido uma pena “muito maior” depois de ouvir as evidências no julgamento.
Se Weisselberg não tivesse um acordo, ele poderia pegar de cinco a 15 anos na cadeia. Com crédito dado por bom comportamento, um terço de sua sentença ainda pode ser anulado, o que significa que ele pode acabar cumprindo apenas cerca de 100 dias.
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A promotora Susan Hoffinger alegou que Weisselberg testemunhou honestamente contra duas empresas de Trump condenadas em conexão com o esquema de fraude fiscal em dezembro. Ele também pagou o saldo remanescente de pouco mais de US$ 1 milhão em impostos atrasados e multas na semana passada, confirmou Hoffinger. No total, ele pagou mais de US$ 2 milhões.
A sentença encerra uma investigação longa, enquanto o escritório do promotor distrital de Manhattan ainda investiga a empresa de Trump. O inquérito envolve a precisão das suas demonstrações financeiras e, nos últimos meses, o foco se voltou para supostos pagamentos clandestinos feitos para impedir que a estrela de pornô Stormy Daniels viesse a público sobre seu affair com Trump, pouco antes da eleição de 2016. O ex-presidente dos Estados Unidos negou as acusações.