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Em provocação a Kim Jong-un, Coreia do Sul faz raro desfile militar

Governo de Seul também alertou que Pyongyang terá resposta em grande escala caso utilize armas nucleares

Por Da Redação
26 set 2023, 15h30

A Coreia do Sul realizou o primeiro desfile militar em grande escala em uma década nesta terça-feira, 26, com armas que vão de mísseis balísticos a tanques. Os equipamentos percorreram a capital Seul em uma demonstração de força enquanto adota uma postura mais dura contra a vizinha Coreia do Norte, comandada por Kim Jong-un.

O desfile marcou o Dia das Forças Armadas do país, normalmente um evento discreto em relação aos grandes eventos feitos em Pyongyang. Durante um discurso na Base Aérea de Seul, o presidente Yoon Suk Yeol alertou a Coreia do Norte contra o uso de armas nucleares e prometeu aumentar o apoio aos militares e à indústria de defesa.

“Se a Coreia do Norte usar armas nucleares, o seu regime será posto fim por uma resposta esmagadora da aliança Coreia do Sul-Estados Unidos”, disse Yoon às tropas.

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O evento de um dia inteiro contou com a participação de milhares de soldados, tanques e artilharia produzida pela Coreia do Sul. Também se uniram aos sul-coreanos 300 dos 28.500 soldados norte-americanos que estão no país.

Multidões nas ruas acompanharam o desfile de 2 km pelo principal distrito comercial e empresarial de Seul até a movimentada área de Gwanghwamun.

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Entretanto, o evento também recebeu diversas críticas e manifestantes denunciaram o governo por alimentar as tensões, segurando faixas com frases como “Parem a corrida armamentista”.

O desfile ocorre no momento em que Yoon assume uma postura agressiva em relação à Coreia do Norte, fazendo da exibição de armas e exercícios militares um símbolo da sua estratégia para combater a evolução dos programas nucleares e de mísseis de Pyongyang.

Na semana passada, o líder o líder norte-coreano voltou de uma viagem à Rússia, durante a qual ele e o presidente russo, Vladimir Putin, concordaram em aumentar a cooperação militar. Yoon disse que se a Rússia ajudasse a Coreia do Norte a melhorar os seus programas de armas em troca de assistência para a sua guerra na Ucrânia seria “uma provocação direta”.

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