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Em recorde, mais de 80 milhões de americanos já votaram antecipadamente

Voto nos EUA é facultativo e atrair eleitores às urnas geralmente é tarefa árdua, mas número já é mais da metade do total de votos do pleito de 2016

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 14h41 - Publicado em 29 out 2020, 19h40

Nos Estados Unidos, que elegerão um novo presidente no dia 3 de novembro, mais de 80 milhões de votos antecipados foram computados até esta quinta-feira, 29. O número representa mais da metade do total de votos registrados no último pleito, em 2016, quanto o atual mandatário, o republicano Donald Trump, disputava o cargo com a democrata Hillary Clinton.

Agora, Trump pleiteia mais quatro anos no comando contra Joe Biden, o candidato democrata da vez. Segundo uma média das maiores pesquisas eleitorais americanas, feita pelo portal Five Thirty Eight, Biden está nove pontos percentuais à frente do adversário.

Já que o voto não é obrigatório nos Estados Unidos, o comparecimento às urnas pode ser muito baixo. Nas eleições locais de 2018, a taxa de comparecimento de eleitores registrados foi de 50,3%, enquanto na corrida à Casa Branca de 2016 a taxa foi de 55,7%. Convencer eleitores a participarem das eleições é um dos maiores desafios dos candidatos.

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Segundo o site de dados sobre as eleições americanas US Election Project, já foram computados 80.061.661 votos enviados por correio e depositados em urnas presenciais. No país, a disputa é decidida por um sistema indireto de Colégios Eleitorais, que contabiliza os votos dos candidatos por estado. Mesmo assim, Joe Biden tem uma das maiores margens de reta final em relação ao seu adversário dos últimos 20 anos.

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Além disso, segundo uma pesquisa de intenções de voto feita pelo instituto SRSS, a pedido da emissora americana CNN, 64% dos votos antecipados são a favo do democrata.

Devido à pandemia de coronavírus, o número de pessoas que votará pelo correio nos Estados Unidos aumentou muito em relação aos últimos pleitos. Em uma pesquisa feita em julho, quase dois terços dos entrevistados disseram que usariam a modalidade neste ano, maior que a proporção de um em cada quatro eleitores nas últimas duas eleições federais.

Isso fez com que organizações que encorajam a participação no processo eleitoral pedissem que as pessoas parassem de enviar os votos por correspondência para não sobrecarregar o Serviço Postal americano e atrasar a contagem. Contudo, a Suprema Corte já permitiu que cédulas pelo correio sejam aceitas depois do dia 3 de novembro na Pensilvânia e Carolina do Norte.

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Em ambos os estados, Joe Biden vence o republicano. De acordo com o FiveThirtyEight, Biden lidera na Pensilvânia com 50,1% das intenções de voto, contra 44,8% a favor de Trump. Na Carolina do Norte, o democrata permanece na frente por pouco, com 49,1% contra 46,9%.

Trump já havia afirmado sucessivamente que era contra a votação por correio, principalmente depois que as pesquisas passaram a mostrar seu adversário com uma ampla vantagem. Segundo o republicano, sem citar fontes ou comprovações, eleições à distância abrem brecha para fraudes e interferências eleitorais. Para a oposição, o líder americano estaria tentando sabotar as eleições para garantir um segundo mandato.

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A baixa adesão costuma favorecer o Partido Republicano que, na última eleição, venceu graças ao sistema de votação por Colégio Eleitoral, mas recebeu menos votos do que o Partido Democrata. Além disso, a estratégia pode abrir brecha para que Trump conteste um resultado que não lhe favoreça.

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