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Em referendo, Equador diz ‘não’ à criação de bases militares estrangeiras no país

Proposta apoiada pelo presidente Daniel Noboa para ampliar combate ao narcotráfico foi rejeitada por 61% dos eleitores, preocupados com soberania

Por Flávio Monteiro
17 nov 2025, 12h17

Um referendo que avaliava a possibilidade do Equador voltar a permitir bases estrangeiras em seu território registrou uma rejeição de 61% dos eleitores no último domingo 16. O presidente Daniel Noboa, cuja popularidade está diretamente ligada à postura linha-dura e militarizada contra o crime, apoiava a proposta. 

A derrota é um duro golpe para o mandatário, que defendia a cooperação internacional — marcadamente com os Estados Unidos — como central para combater o crime organizado no país. A população também rejeitou uma outra proposta, que vislumbrava a instalação de uma nova Constituição.

Cerca de 88% dos votos haviam sido contados na manhã desta segunda-feira, 17, e em uma admissão da derrota no X (ex-Twitter), Noboa afirmou respeitar a vontade dos eleitores e disse que continuaria trabalhando para melhorar o país. Essa é a segunda vez que o mandatário consulta a população sobre reformas para avançar sua agenda política. Reeleito em abril deste ano, o presidente apostou em uma retórica que prega repressão contra o tráfico de drogas em sua campanha.

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A votação deste domingo também contava com três outras propostas, todas derrotadas: reduzir o tamanho da legislatura nacional de 151 para 73 assentos (53% dos votos), interromper o financiamento público para partidos políticos (58%) e a convocação de uma Assembleia Constituinte para elaborar uma nova constituição (61%). Noboa acusa a Carta Magna elaborada no governo do ex-presidente Rafael Correa, em 2008, de não refletir a realidade do país, que sofre com problemas de segurança pública relacionados a organizações criminosas.

O resultado do referendo foi celebrado por Correa, e pode ser lido como uma expressão da preocupação de muitos eleitores em relação à manutenção da soberania do país, que proíbe a presença de bases militares estrangeiras em seu território desde 2009. A eleição também parece refletir uma incipiente, mas crescente insatisfação popular com Noboa, cujo governo recentemente cortou subsídios que mantinham o preço do diesel baixo, resultando em uma série de protestos no país.

“Foi uma erosão de seu governo por causa da questão do diesel, dos protestos e da desinformação”, disse o analista político Cristian Carpio à agência de notícias Reuters, indicando que os resultados também indicam uma fadiga dos eleitores após dois recentes pleitos presidenciais e um outro referendo.

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+ Presidente do Equador propõe base militar estrangeira para combater narcotráfico

Parceria com Washington

No poder desde novembro de 2023, Noboa é visto pelos Estados Unidos como um “excelente parceiro” no combate ao tráfico de drogas. Ele firmou dois acordos de cooperação militar com os americanos no ano passado, expandindo o anteriormente ativo acordo de interceptação aérea entre Quito e Washington, permitindo apreensões de drogas e armas no mar. O referendo do último domingo vislumbrava a ideia de uma base nas Ilhas Galápagos, território que teve a história marcada por instalações estrangeiras.

Washington mantinha presença militar no arquipélago até 2009, com uma base antidrogas na cidade de Manta. No entanto, a possibilidade da renovação de uma presença militar gerou resistência, com setores da oposição apontando uma escala nas tensões geopolíticas — em especial devido às manobras de Donald Trump para ampliar a influência na América Latina — e ambientalistas alertando para possíveis danos ao ecossistema local.

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