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Em São Petersburgo, Dilma se encontra com Putin e presidente sul-africano

No comando do Novo Banco de Desenvolvimento – o chamado Banco do Brics –, ex-presidente participou da segunda cúpula Rússia-África nesta quarta-feira

Por Da Redação
Atualizado em 26 jul 2023, 15h35 - Publicado em 26 jul 2023, 12h18

A ex-presidente brasileira Dilma Rousseff, atual chefe do Novo Banco de Desenvolvimento – o chamado Banco do Brics –, participou nesta quarta-feira, 26, de atividades da segunda cúpula Rússia-África, em São Petersburgo, na Rússia. Além de um discurso na sessão plenária do fórum, a petista também tem na agenda reuniões marcadas com o presidente russo, Vladimir Putin, e o sul-africano Cyril Ramaphosa.

Os encontros de Dilma nesta quarta-feira, segundo nota enviada à imprensa, têm o objetivo de tratar de temas como a expansão de membros do Novo Banco de Desenvolvimento. A instituição segue critérios diferentes do Brics para sua expansão, e hoje conta com participação de Bangladesh, Egito e Emirados Árabes Unidos.

+ Por que 19 países querem entrar no Brics

Em meio à guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro do ano passado após a invasão russa ao país vizinho, o NBD enfatizou que “não está considerando novos projetos na Rússia e opera em conformidade com as restrições aplicáveis nos mercados financeiros e de capitais internacionais”, acrescentando que “quaisquer especulações sobre tal assunto são infundadas”.

O encontro entre Dilma e Putin, no entanto, foi pouco divulgado, não constou na agenda do presidente russo e foi brevemente comentado em nota pela ex-presidente apenas nesta quarta-feira, à medida que o governo brasileiro tenta manter sua posição de neutralidade em relação à guerra. Oficialmente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diz que o Brasil se manterá neutro sobre a guerra da Ucrânia para poder ajudar a negociar um acordo de paz.

A cúpula Rússia-África precede a próxima reunião da cúpula do Brics, na África do Sul, entre 22 e 24 de agosto. O evento, no entanto, não terá participação de Putin, após um “acordo mútuo”. Em março, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão contra o presidente russo, acusando-o de crimes de guerra por deportar crianças ucranianas para o território russo de forma ilegal. Como sede do encontro e membro do TPI, Joanesburgo teoricamente precisaria deter o chefe do Kremlin e enviá-lo ao julgamento em Haia, caso ele entrasse em seu território.

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