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Em viagem à Califórnia, Trump menospreza incêndios e rejeita ciência

'Eu não acho que a ciência saiba, na verdade', disse ao ser questionado sobre a melhora nas chamas que atingem costa oeste americana

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 set 2020, 09h15 - Publicado em 15 set 2020, 09h04
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  • Presidente Donald Trump durante visita à Califórnia: coletiva de imprensa no Aeroporto McClellan, em Sacramento - 14/09/2020 / AFP) - (Brendan Smialowski/AFP)

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visitou nesta segunda-feira 14 a Califórnia para acompanhar a situação da atual temporada de incêndios florestais na região, que já é anunciada como a pior em décadas. Em reunião com o governador do estado, o democrata Gavin Newsom, e outras autoridades locais, o republicano menosprezou a extensão das chamas e minimizou os efeitos da mudança climática na tragédia.

    “Vai começar a esfriar, você vai ver”, disse o presidente durante o encontro em Sacramento. Em seguida, o secretário da Agência de Recursos Naturais, Wade Crowfoot, respondeu: “Queria que a ciência concordasse com você”. Trump, então, rebateu: “Eu não acho que a ciência saiba, na verdade”.

    Na mesma reunião, o governador Newsom — que se opõe ao presidente Trump em uma série de políticas — cobrou do governo comprometimento no combate ao aquecimento global. “As mudanças climáticas são reais e estão exacerbando isso [incêndios e seca]”, disse.

    Trump tem se esquivado em admitir que o aquecimento global e as mudanças climáticas possam favorecer os incêndios florestais. Mais cedo na segunda, assim que desembarcou na Califórnia, o presidente apontou que as queimadas podem ter começado por razões naturais — sem dizer o que favoreceria o risco.

    “Árvores caídas e folhas secas no chão são realmente combustível para um incêndio. Então, alguma coisa deve ser feita sobre isso”, disse. “Elas realmente se tornam como um fósforo … Elas simplesmente explodem.”

    Os comentários geraram grande confusão e críticas nas redes sociais, com alguns afirmando que o presidente pode ter interpretado mal os relatórios sobre o efeito do fogo nas árvores, muitas das quais morreram por causa da seca, o que enfraquece suas defesas contra pragas. Algumas árvores vivas, como o eucalipto australiano, ocasionalmente explodem, de acordo com os bombeiros, que explicaram o fenômeno como resultado do superaquecimento e da expansão da seiva.

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    Trump afirmou ainda que o estado da Califórnia precisa de uma melhor gestão de florestas para conter incêndios como o atual. O presidente lembrou que há três anos vem fazendo este mesmo pedido.

    Os incêndios são tema de uma batalha política nos Estados Unidos, sendo geralmente atribuídos, por parte dos políticos republicanos, a uma má gestão florestal, que permite que a vegetação rasteira se acumule durante meses, o que faz com que o fogo queime de forma descontrolada.

    Os democratas, por sua vez, são quase unânimes em apontar a crise da mudança climática e suas consequências no oeste dos Estados Unidos (menos chuva, menos umidade e temperaturas muito altas) como principal causa por trás dos incêndios.

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    ‘Piromaníaco do clima’

    Concorrente de Trump nas eleições presidencias de novembro deste ano, o democrata Joe Biden também falou sobre os incêndios na Califórnia nesta segunda-feira.

    “Quantos subúrbios terão que ser inundados? Quantos subúrbios terão que desaparecer devido a grandes tempestades para conceder a este piromaníaco do clima mais quatro anos na Casa Branca? Por que deveríamos ficar surpresos com o aumento dos incêndios nos Estados Unidos?”, questionou Biden em um discurso em frente ao Museu de História Natural de Delaware, em Wilmington, cidade onde mora.

    Além da Califórnia, Oregon e Washington também sofrem com queimadas desde a semana passada. Bombeiros continuam trabalhando para combater os múltiplos incêndios e para evitar que os fortes ventos previstos para as próximas horas levem a um descontrole ainda maior das chamas.

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    Desde agosto, as chamas já deixaram pelos menos 30 mortos e dezenas de milhares de pessoas tiveram que abandonar suas casas.

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    (Com EFE)

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