Embaixada dos EUA alerta para ataque ‘iminente’ de extremistas em Moscou
Documento foi publicado horas depois de Rússia afirmar ter frustrado ataque a tiros planejado por uma célula do braço afegão do Estado Islâmico
A embaixada dos Estados Unidos na Rússia alertou nesta sexta-feira, 8, que “extremistas” tinham um plano iminente de atentado em Moscou, horas depois de serviços de segurança russos afirmarem terem frustrado um ataque a tiros planejado por uma célula do braço afegão do Estado Islâmico.
A embaixada, que pediu repetidamente para todos os cidadãos americanos deixarem a Rússia imediatamente, não deu mais detalhes sobre a ameaça, mas disse que a população deveria evitar multidões, como shows e eventos esportivos.
“A embaixada está monitorando relatos de que os extremistas têm planos iminentes de atingir grandes reuniões em Moscou, incluindo apresentações musicais, e os cidadãos dos EUA devem ser aconselhados a evitar grandes aglomerações nas próximas 48 horas”, disse o órgão em comunicado.
Na quinta-feira, o Serviço Federal de Segurança na Rússia disse ter frustrado um possível atentado contra uma sinagoga, em que a célula radical islâmica “estava se preparando para atacar fiéis com armas de fogo”.
Durante a operação, militantes mostraram resistência e foram “neutralizados”, de acordo com o serviço de segurança russo. “Armas de fogo, munições e componentes para fabricação de artefatos explosivos foram encontrados e apreendidos”.
É incerto, no entanto, se os dois relatos têm ligações.
Separadamente, na quinta-feira, a embaixada dos EUA em Moscou criticou fortemente a Rússia por designar três organizações educacionais e de intercâmbio americanas como “indesejáveis”. A decisão, segundo a representação diplomática, é “uma ilustração trágica do desejo do Kremlin de isolar o seu próprio povo, privando-o da oportunidade de estabelecer contatos, expandir os seus horizontes e contribuir para a construção de um mundo mais próspero e pacífico”.
A Rússia disse ter convocado a embaixadora americana Lynne Tracy para ressaltar que as três organizações não governamentais seriam banidas por “implementarem programas e projetos anti-Rússia destinados a recrutar ‘agentes de influência’ sob o pretexto de intercâmbios educacionais e culturais”.