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Emergência do coronavírus é ‘grave ameaça ao mundo’, diz OMS

Segundo proeminente especialista chinês, o surto da doença na China ainda deve atingir seu pico neste mês

Por Da redação
Atualizado em 11 fev 2020, 14h46 - Publicado em 11 fev 2020, 08h31

O surto de coronavírus representa uma “ameaça muito grave para o resto do mundo”, disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira, 11, em um apelo pelo compartilhamento de amostras de vírus e pela intensificação das pesquisas em medicamentos e vacinas.

“Com 99% dos casos na China, isso permanece uma grande emergência para o país, mas representa uma grave ameaça para o resto do mundo”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, nas declarações de abertura de uma reunião com mais de 400 pesquisadores e autoridades nacionais, algumas participando por vídeo-conferência da China continental e de Taiwan.

O número de mortes causadas pelo novo coronavírus subiu para 1.016 na China. Na segunda-feira 10, 103 pessoas morreram na província de Hubei, epicentro da epidemia, em um novo recorde de fatalidades em um único dia.

Autoridades de Hubei confirmaram também novos 2.097 casos de infectados. Desta forma, o total de doentes ultrapassa os 42.000 no mundo todo. São 26 países com casos confirmados da epidemia, além de duas regiões semi-autônomas chinesas, Hong Kong e Macau.

Pico da epidemia

Segundo um proeminente especialista chinês, o surto de coronavírus na China pode atingir seu pico em breve. Para Zhong Nanshan, principal conselheiro médico do país, a epidemia vai atingir seu pico em fevereiro e se estabilizar na sequência, para depois diminuir.

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“O momento de pico pode ser alcançado em… meados do final deste mês”, disse Zhong, um epidemiologista que fez fama por seu papel no combate ao surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) em 2003.

O governo já pede que as empresas voltem a funcionar novamente. Muitas companhias, contudo, sofrem para retomar as atividades depois de um feriado prolongado do Ano Novo Lunar, enquanto centenas de empresas chinesas afirmavam que precisavam de empréstimos na casa dos bilhões de dólares para manterem suas operações. As demissões também começaram, apesar de garantias dadas pelo presidente da China, Xi Jinping, de que dispensas em massa serão evitadas.

(Com Reuters)

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