O negócio imobiliário da família do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi condenado, nesta sexta-feira, 13, a pagar uma multa de US$ 1,6 milhão (R$ 8,16 milhões), resultado de um processo criminal sobre fraude fiscal e outras acusações, a máxima punição possível.
A sentença, proferida por um juiz da Suprema Corte Estadual de Manhattan, encerra uma longa batalha judicial para a Trump Organization, que foi condenada em dezembro por distribuir privilégios não oficiais a alguns de seus principais executivos.
Um dos altos funcionários que orquestrou o esquema, Allen Weisselberg, se declarou culpado e atuou como testemunha do estado no julgamento da empresa. Ele foi condenado na terça-feira 10 a cinco meses de prisão no notório complexo prisional de Rikers Island, em Nova York.
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A multa, no entanto, é uma ninharia para a empresa e para o ex-presidente, que arrecadou centenas de milhões de dólares em receita todos os anos enquanto estava no cargo. Mas o veredicto classificou a empresa como criminosa, expôs uma cultura de ilegalidade e deu munição política aos oponentes de Trump. Os promotores também continuam pressionando uma investigação criminal contra o próprio dono da empresa.
Os advogados da Trump Organization argumentaram por uma penalidade menor, colocando a culpa em Weisselberg, que eles dizem ter executado o esquema sem a intenção de beneficiar a empresa. Mas Joshua Steinglass, promotor distrital de Manhattan, que liderou o processo contra a Trump Organization e Weisselberg, argumentou que a firma executou “um esquema multidimensional para fraudar as autoridades fiscais”.
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“Para evitar a detecção, eles simplesmente falsificaram os registros”, explicou. “Esta conduta só pode ser descrita como flagrante.”
Ele acrescentou que, embora as multas máximas “possam ter um impacto limitado em uma corporação multibilionária, é dever do tribunal impor tais multas”. E o juiz responsável pelo caso, Juan Merchan, concordou com o valor máximo de US$ 1,6 milhão.