Empresa retoma buscas por avião da Malaysia Airlines, desaparecido desde 2014
Boeing 777 transportava 239 pessoas quando, misteriosamente, sumiu na rota de Kuala Lumpur, capital da Malásia, para Pequim, na China

A empresa de exploração marítima Ocean Infinity retomou nesta terça-feira, 25, as buscas pelo voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido há mais de uma década. A aeronave transportava 239 pessoas quando, misteriosamente, sumiu na rota de Kuala Lumpur, capital da Malásia, para Pequim, na China.
Trata-se do segundo processo de procura pelo Boeing 777 conduzido pela companhia com sede nos Estados Unidos e no Reino Unido, sendo o primeiro e último em 2018.
“Eles nos convenceram de que estão prontos”, disse o Ministro dos Transportes da Malásia, Anthony Loke. “É por isso que o governo da Malásia está dando prosseguimento a isso.”
A Ocean Infinity usará o navio de busca Armada 78 06 e veículos subaquáticos autônomos (AUVs) para vasculhar 15 mil quilômetros quadrados do fundo do mar da costa de Perth, na Austrália Ocidental, de acordo com a imprensa local. Para iniciar as buscas, a empresa assinou um acordo “sem achados, sem taxas” com o governo da Malásia, informou a emissora australiana 9 News. Ou seja, não cobrará das autoridades a não ser que encontre alguma resposta.
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Quatro pontos principais formarão o foco da busca, com base em hipóteses de pesquisadores sobre locais com maior probabilidade dos destroços serem descobertos. Até hoje, apenas algumas dezenas de pedaços de destroços foram encontrados em várias costas. O primeiro pedaço do Boeing foi encontrado na província de Nakhon Si Thammarat, na Tailândia.
Muitos parentes de vítimas denunciaram a companhia aérea e o governo da Malásia por supostamente ocultarem informações sobre a tragédia. As autoridades malaias negam as acusações. As causas do desaparecimento foram objeto de especulações desde o início, embora dados de satélites tenham mostrado que o avião se desviou da rota e rodou por seis horas antes de sair do radar, em 8 de março de 2014. Até hoje, é considerado o maior mistério da aviação civil moderna.