Enquanto Hezbollah lamenta morte de líder, Israel bombardeia o Líbano
Milhares de pessoas se reuniram em Beirute para velar Hassan Nasrallah, ao mesmo tempo em que as forças israelenses atacavam bases da organização ao sul do país
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Atualizado em 23 fev 2025, 14h57 - Publicado em 23 fev 2025, 12h09
Cinco meses após a morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, dezenas de milhares de pessoas se reuniram em um estádio em Beirute, capital do Líbano, para comparecer ao seu funeral, na manhã deste domingo, 23.
Durante o discurso, que foi televisionado, o sucessor da organização libanesa Naim Qassem, disse que o grupo continuaria seguindo o caminho do chefe, morto em um ataque aéreo de Israel no subúrbio, ao sul da cidade. “Nós manteremos a confiança e caminharemos neste caminho, nós manteremos sua vontade”, disse Qassem. “Eu sou leal ao legado Nasrallah”.
Qassem também afastou qualquer possibilidade de o Líbano submeter sua segurança à tutela dos Estados Unidos. Após a morte de lider do Hezbollah chegou a circular a informação de que o grupo poderia optar por uma liderança mais palatável ao ocidente. “Não aceitamos que a tirana América controle nosso país”, afirmou. “Vocês não ganharão por meio da política o que não conseguiram ganhar na guerra”.
Enquanto a crimônia acontecia, caças israelenses sobrevoaram os céus de Beirute, dando rasantes sobre a multidão. A morte do chefe do Hezbollah foi um forte golpe na organização apoiada pelo Irã, que mantém o controle de vastos territórios ao sul do país, que faz fronteira com Israel.
A Agência Nacional de Notícias (NNA) estatal do Líbano informou pela manhã que aeronaves israelenses lançaram uma série de ataques contra os arredores das cidades de al-Qalila e al-Ansar, no sul do país. “Vários lançadores (de foguetes) da organização terrorista Hezbollah foram atacados na região sul do Líbano, o que representa uma ameaça aos cidadãos do estado de Israel ”, escreveu a IDF em uma postagem na plataforma X.
Até o momento não há relato de vítimas. Israel havia firmado um cessar-fogo com o Hezbollah em novembro do ano passado. Pelo acordo, a segurança do sul do país ficaria a cargo do exército libanês, mantendo a organização distante da fronteira. Israel alega, no entanto, que as tratativas não vem sendo colocadas em prática.
No início da tarde, a NNA também relatou que as forças israelenses realizaram um ataque em Brissa , ao norte do país.
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