Após Israel acusar a Jihad Islâmica Palestina, aliada ao Hamas, de estar por trás do bombardeio com centenas de vítimas a um hospital no centro de Gaza, o grupo ganhou protagonismo nos noticiários do conflito no Oriente Médio.
Ainda em meio à incerteza sobre a autoria do ataque, que a Jihad Islâmica nega e atribui ao Exército israelense, mais uma organização paramilitar do Oriente Médio pode complicar ainda mais o tabuleiro da guerra.
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A Jihad Islâmica Palestina foi fundada na década de 1980, no Egito, por radicais desiludidos com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), controlada pelo grupo Fatah – hoje no poder da Autoridade Palestina. Seus membros tinham como objetivo formar um Estado da Palestina nas regiões de Gaza, Cisjordânia e partes de Israel.
Menor que o Hamas, a Jihad Islâmica não tem participação política e concentra seus esforços apenas na luta armada contra os israelenses. O grupo cresceu recentemente e já superou as fronteiras de Gaza, com sedes estrangeiras em Beirute, no Líbano, e Damasco, na Síria.
De acordo com Israel, o governo do Irã financia a atividade da Jihad, assim como faz com o Hamas, com dezenas de milhões de dólares e treinamento militar.
Os dados sobre o grupo são imprecisos, mas estimativas do serviço de inteligência norte-americano (CIA) de 2021 apontaram para um exército de mais de 1.000 homens e um arsenal significativo de foguetes, morteiros e mísseis anti-tanque.
O grupo não divulga informações e é listado como terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.