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Equador se mobiliza para mandar venezuelanos ao Peru

ONU decide criar equipe para coordenar a resposta da América do Sul à crise humanitária da Venezuela

Por Denise Chrispim Marin
Atualizado em 19 set 2018, 13h14 - Publicado em 24 ago 2018, 17h47
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  • Imigrantes venezuelanos embarcam em ônibus na região de Tulcán, no Equador, para atravessar a fronteira entre Equador e Peru - 22/08/2018
    Imigrantes venezuelanos embarcam em ônibus na região de Tulcán, no Equador, para atravessar a fronteira entre Equador e Peru - 22/08/2018 (Luis Robayo/AFP)

    O governo do Equador organizou um “corredor humanitário” para remover 900 emigrantes venezuelanos para o Peru antes do início da vigência de restrições ao ingresso desses refugiados em território peruano. Quito já exige dos venezuelanos a apresentação de passaporte, o que torna inviável o ingresso da maioria dos refugiados.

    O governo do Equador confirmou nesta sexta-feira a existência desse mecanismo. A rigor, trata-se de uma maneira de enviar parte dos venezuelanos presentes em seu território ao país vizinho. O Peru passa a exigir a partir de amanhã o passaporte para a entrada de venezuelanos.

    A rejeição do Peru e do Equador à acolhida de imigrantes venezuelanos, além das ameaças do estado de Roraima de fechar a fronteira a eles, está na base da decisão da Organização das Nações Unidas (ONU) de criar uma equipe para garantir uma resposta bem coordenada da América do Sul à crise humanitária da Venezuela.

    A iniciativa foi anunciada pelo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres. A equipe incluirá especialistas da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

    O corredor humanitário do Equador atravessa todo o país e alcança suas fronteiras com o Sul da Colômbia e o Norte do Peru. Na noite de ontem, Carlos Basantes, subsecretário de Gestão de Riscos do Equador, acompanhou a saída de uma caravana da cidade de Tulcán, em ônibus fretados pelo governo equatoriano.

    “O corredor humanitário foi estabelecido para este final de semana. Vamos ficar até que se complete o corredor humanitário com os 36 ônibus que foram disponibilizados, nós vamos estar aqui até que esses ônibus sejam desocupados”, garantiu Basantes.

    Até a meia-noite de ontem, 23 ônibus haviam partido. “A população que cobrimos neste corredor é a que já completou todo seu registro migratório e está toda regulada”, acrescentou.

    Essa via terrestre não tinha sido confirmada até agora como um “corredor humanitário” por nenhuma fonte oficial. A medida faz parte de uma iniciativa da Secretaria de Gestão de Riscos de prover transporte e ajuda aos venezuelanos ao longo do território equatoriano.

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    Cerca de 2,3 milhões de venezuelanos fugiram do país desde o aprofundamento das crises econômica e humanitária, em 2014. A falta de alimentos, remédios, emprego e atendimento pelos serviços públicos forçou entre 450.000 e 1 milhão a cruzar a fronteira para a Colômbia. Outros 350.000 rumaram para o Equador. O Brasil recebeu cerca de 60.000.

    Adeus à Alba

    O Equador anunciou ontem sua saída da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), o grupo de países liderados pela Venezuela. A decisão foi uma resposta à crise humanitária venezuelana e à “falta de vontade política, em primeiro lugar, do governo da Venezuela para abrir as portas a uma solução democrática”.

    Ao anunciar a medida, o chanceler equatoriano, José Valencia, indicou que seu país prefere coligar-se a outro grupo de nações para promover uma solução conjunta para a crise humanitária da Venezuela.

    (Com EFE)

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