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Erdogan cancela viagem a Israel e diz que Hamas não é ‘grupo terrorista’

Falas do líder turco aumentam deterioração dos laços entre Ancara e Israel, que há anos mantêm uma relação difícil

Por Da Redação
Atualizado em 25 out 2023, 11h12 - Publicado em 25 out 2023, 11h03

O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, afirmou nesta quarta-feira, 25, que o grupo militante palestino Hamas não é uma “organização terrorista”, e sim um grupo pela libertação que luta para proteger o povo e as terras palestinos. A parlamentares, o mandatário também instou um cessar-fogo imediato entre forças israelenses e militantes palestinas e afirmou que países muçulmanos precisam agir juntos para garantir a paz da região.

“O Hamas não é uma organização terrorista, é um grupo de libertação, ‘mujahideen’ que trava uma batalha para proteger as suas terras e o seu povo”, disse Erdogan, usando uma palavra árabe que designa aqueles que lutam pela sua fé.

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Também nesta quarta-feira, Erdogan cancelou uma viagem planejada a Israel pela guerra “desumana” em Gaza, dizendo que relações entre os dois Estados não iriam melhorar.

“Tínhamos um projeto de ir a Israel, mas foi cancelado. Não iremos”, disse no Parlamento. Por outro lado, espera-se que o presidente turco participe de uma manifestação pró-Palestina em Istambul no sábado, organizada pelo seu partido.

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As falas do líder turco aumentam a deterioração dos laços entre Ancara e Israel, que há anos mantêm uma relação difícil. A Turquia congelou relações com Israel em 2010, depois de forças israelenses atacarem um navio turco que se dirigia a Gaza com suprimentos de ajuda, matando 10 civis. Embora os dois Estados tenham reestabelecido laços em 2016, a Turquia protestou com a expulsão de diplomatas em 2018 após repressão a manifestantes palestinos em Gaza.

Cerca de 600 mil pessoas foram deslocadas internamente na Faixa de Gaza desde o início dos bombardeios de Israel, em 7 de outubro, em resposta ao mortífero ataque do grupo terrorista palestino Hamas ao sul do país. A maioria está abrigada em 150 centros humanitários das Nações Unidas, segundo a agência, que ressalta que os abrigos estão quatro vezes acima da sua capacidade.

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