Diversos estabelecimentos e escolas dos Estados Unidos decidiram fechar ou trabalhar com capacidade reduzida nesta quinta-feira em solidariedade ao protesto chamado “dia sem imigrantes”, contra a política anti-imigração do presidente Donald Trump.
O protesto visa demonstrar a importância dos imigrantes para a estrutura social e econômica do país. “Em situação ilegal, moradores, cidadãos, imigrantes do mundo inteiro. Vamos todos nos unir. Senhor presidente, sem nós e sem nossa contribuição, este país paralisa”, declarava a convocação para o ato, postada nas redes sociais.
Lançada no fim de semana passado e sem organização, a iniciativa pareceu que ia passar em branco, mas a adesão de grandes estabelecimentos inspirou outros locais a apoiarem a causa em solidariedade a seus funcionários.
Em Washington, dezenas de restaurantes não abriram hoje, incluindo o Sweetgreen Salad, que possui 18 filiais. Em entrevista para o jornal USA Today, os co-fundadores afirmaram que seus funcionários são a cara da marca, da linha de frente até a cozinha – “eles são a espinha dorsal da companhia e o que fazem o Sweetgreen especial. Esse é o motivo de estarmos com eles hoje e sempre”.
Cerca de 11 milhões de pessoas vivem em situação clandestina nos Estados Unidos, a maioria de origem mexicana. Segundo o instituto de pesquisa Pew, esse grupo representava em torno de 9% dos empregos no setor de hotelaria e de restaurantes em 2014.
(Com agência AFP)